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Uma megainvestigação internacional, realizada em 88 países, deve ser revelada neste domingo (20), US$ 2 trilhões em operações suspeitas. Parte dessas transações envolveu traficantes, terroristas, ditadores e políticos corruptos. A informação foi divulgada pelo site poder 360.
A apuração a partir de documentos vazados do escritório de advocacia e consultoria Mossack Fonseca, do Panamá, descobriu 107 offshores – empresas montadas no exterior – ligadas a empresas e políticos citados na Operação Lava Jato.
A investigação identificou também registros de offshores e trusts relacionados a empresas de comunicação brasileiras. Entre elas, a Editora Abril e o Grupo Globo.
Uma offshore é uma empresa aberta no exterior para aplicações financeiras e compras de imóveis. Ter uma offshore não é ilegal, desde que a empresa seja declarada à Receita.
Uma offshore nada mais é do que uma companhia instituída fora do país de domicílio dos sócios. Já o trust é um fundo constituído para terceirizar a gestão de ativos (heranças, por exemplo) – no entanto, não há na legislação brasileira instrumento semelhante. O uso de offshores e trustes está comumente ligado aos chamados paraísos fiscais, países com sistemas tributários mais favoráveis ao negócio e regras de transparência mais brandas.
Os documentos revelaram uma rede de empresas offshore de líderes do cenário político mundial. Entre os nomes citados estão:
- Mauricio Macri – holding da família do atual presidente da Argentina;
- Neelie Kroes – ex-comissária da União Europeia de 2000 a 2009;
- Amber Rudd – secretário do interior do Reino Unido;
- Ian Cameron – pai do ex-primeiro ministro britânico David Cameron;
- Marco Antonio Pinochet – filho do ex-ditador Augusto Pinochet;
- Carlos Caballero Argáez – ministro de Minas e Energia da Colômbia de 1999 a 2001;
- Sani Abacha – filho do presidente da Nigéria;
- Sheikh Hamad – ex-ministro do Exterior do Qatar.
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