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Mais uma derrota imposta na Justiça ao Grupo Globo. A emissora carioca seguirá impedida de pagar o chamado “bônus de volume” para as agências de publicidade — jargão publicitário referente ao mecanismo de pagamento feito entre agências de publicidades aos veículos de comunicação, quanto mais publicidade a agência destina a emissora durante um tempo ( pode ser ano ou semestre), maior será o BV pago por este veículo à agência. As informações são do Monitor do Mercado.
O “BV” foi vetado à emissora no começo deste mês pela Superintendência-Geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que em sua análise constatou que os pagamentos davam mais incentivo para as agências investirem somente no Grupo Globo sem abrir espaço para a concorrência.
A Globo tentou recorrer da ação, contudo o Tribunal do Cade, rejeitou o pedido e manteve a suspensão.
O relator do caso Maurício Bandeira Maia votou pela rejeição da ação do grupo, mantendo todas as condições previstas na medida preventiva. Maia também destacou em sua justificativa que o Grupo Globo é anticompetitivo.
A conselheira Paula Azevedo votou a favor da emissora, alegando que a prática de BV é adotada por todas as emissoras de TV, e que a medida preventiva não causaria danos à Globo, mas sim para às agências de publicidade que contratam seus serviços.
Dois conselheiros acompanharam Maia, inclusive o presidente do Cade, Alexandre Barreto, já outros dois votaram a favor da Globo. Para desempatar, Barreto usufruiu de seu “voto de qualidade” contra a emissora carioca, segundo Boletim Antitruste, publicado pelo escritório de advocacia Del Chiaro.