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A Globo fechou o 1º semestre de 2021 com um prejuízo de R$ 144 milhões. O número representa uma piora de 122% em relação a 2020, quando a empresa teve um prejuízo de R$ 51 milhões no mesmo período.
O resultado negativo chama atenção, pois, desde 2019, a empresa tem realizado seguidos cortes de colaboradores. Faustão, Tiago Leifert, Lázaro Ramos, Ingrid Guimarães, Vera Fischer, Antônio Fagundes e Reynaldo Gianecchini estão entre as recentes baixas.
Em relatório divulgado ao mercado no início de setembro, a Globo afirma que realizou no primeiro semestre de 2021 uma “diminuição de R$ 281 milhões em pessoal como resultado das iniciativas contínuas de corte de custos, explicadas principalmente pela diminuição no número de funcionários devido à reestruturação corporativa desde 2019 e o menor custo de elenco”.
As rescisões e dissídios também pesaram nas contas da Globo, que afirma ter tido um “aumento de 48 milhões nas despesas pessoais explicado principalmente por indenizações e também por reajustes salariais anuais do sindicato trabalhista em acordos coletivos de trabalho”.
Os salários e encargos sociais, que em 31 de dezembro de 2020 representavam R$ 1,18 bilhão no balanço da empresa, em 30 de junho de 2021, caíram para R$ 853,45 milhões.
Apesar da redução de salários e número de colaboradores, os gastos da empresa subiram.
“Custos e despesas foram 36% superiores ao primeiro semestre de 2020, impactados pelo retorno de eventos esportivos ao vivo e pela amortização de direitos esportivos de R$ 503 milhões, devido ao grande reescalonamento de jogos que afetou todas as competições do futebol brasileiro no ano de 2021”, aponta trecho do relatório.
Além da despesa com a retomada do futebol, cresceram os gastos com gravações de programas e novelas devido aos protocolos de segurança contra Covid-19.