Entretenimento

Jornalista Carlos Alberto Sardenberg deixa a TV Globo

(Reprodução/TV Globo)

O jornalista Carlos Alberto Sardenberg, de 76 anos, deixou a TV Globo nesta quinta-feira (10). Comentarista de política e economia do Jornal da Globo, o jornalista estreou na emissora em 2006. Ele também teve passagem de destaque no canal pago GloboNews, desde 1998, e na rádio CBN, onde continuará trabalhando.

 

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Eis o comunicado da TV Globo sobre a saída de Carlos Alberto Sardenberg:

O comentarista que o público da TV aberta conheceu em 2006 já fazia sucesso na Globonews em 1998, quando juntou-se ao canal a convite da então diretora, Alice-Maria. Estreou no canal participando como repórter das diversas edições diárias do “Em Cima da Hora” e do “Jornal das 10”. Entrevistou empresários e profissionais do mercado financeiro. Logo se destacou e passou a fazer parte da equipe de comentaristas do canal. Adaptou-se muitíssimo bem à nova função e passou a brilhar também com suas análises econômicas especialmente no J10. Veio, então, em 2009, a proposta de uma tripla ancoragem no J10, com André Trigueiro, no Rio e Carlos Monforte, em Brasília. Mais uma aposta certeira. Deu ao J10 a justa temperatura do maior centro econômico do país, com relevância e simplicidade. Foi fundamental na equipe que se formou para a criação de um outro produto do canal: o “GloboNews Em Pauta”, jornal que surgiu em 2010 com uma proposta diferente na grade de programação: os principais assuntos do dia discutidos de forma diferente e descontraída, uma espécie de mesa redonda da GloboNews. Mais uma vez, Sardenberg se adaptou perfeitamente ao formato, expandindo a área de atuação, comentando política e comportamento, além da economia. Versatilidade que a gente acompanha também na CBN na hora do almoço.

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Entre as coberturas históricas das quais participou na GloboNews, vale destacar a recente alta dos combustíveis neste difícil ano de 2022, a crise mundial no mercado imobiliário, em 2008, e os impactos da pandemia da Covid-19 na saúde financeira do Brasil. Apesar da fala mansa, da leveza e da serenidade, é firme quando necessário. Foi assim quando analisou o atraso do Brasil na busca por vacinas em pleno recrudescimento dos casos da doença no Brasil, em dezembro de 2020, o que poderia conter o agravamento da crise econômica já instalada. Foi enfático durante comentário no “Em Pauta”: “Não temos a vacina. E também estamos começando a retirar o auxílio emergencial. Então, estamos numa situação dramática. Temos o pior dos dois problemas.” Com a mesma firmeza, tratou da aprovação da PEC dos precatórios, em 2021, que dribla o teto de gastos furando o limite de despesas. Segundo a análise precisa de Sardenberg, uma combinação perigosa para a economia, que cria uma “bagunça na administração pública”.

Ao mesmo tempo, tinha a dose certa de acidez quando o assunto permitia. Como quando, no “Jornal das 10”, falou sobre a escalada da inflação em 2022: “A inflação vai se espalhando. E, quando a gente fica se perguntando qual é a principal causa da inflação, o economista argentino Roberto Frenkel costumava dizer: ‘É a mesma coisa de você chegar diante de um corpo crivado de balas e tentar descobrir qual foi o tiro fatal.’ Ou seja: você não vai achar nunca.”

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