Ao menos 60 pessoas denunciaram na Itália o empresário Mirko Ferrari, idealizador do primeiro reality show LGBT+ do mundo, “Cruzeiro Colorido”. O programa foi filmado no Brasil.
Ferrari é acusado de fraude, e as denúncias foram apresentadas ao Ministério Público de Biella, no norte da Itália.
Os denunciantes afirmam que Ferrari teria aplicado golpes em pelo menos 1.600 pessoas, incluindo investidores em criptomoedas e participantes do reality show.
Cinco das vítimas moram no exterior, na Inglaterra e na Espanha.
A Afue, associação que representa alvos de fraudes financeiras, afirma que Ferrari teria recebido dinheiro das vítimas em contas correntes pessoais.
A Afue também alertou as instituições bancárias para o caso de Ferrari, considerando que elas podem ter falhado nos controles antilavagem de dinheiro.
O advogado dos denunciantes, Enrico Conti, disse à agência de notícias italiana Ansa que as vítimas estão “surpreendidas e indignadas” com a situação.
Conti também afirmou que “consideramos que as instituições financeiras que receberam as transferências das pessoas lesadas tenham responsabilidade por não terem realizado os controles adequados diante das leis antilavagem de dinheiro”.