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A Controladoria Geral da União (CGU) ouviu na segunda-feira (27) o apresentador Emílio Surita, do programa “Pânico”, da Jovem Pan, no contexto do caso envolvendo o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques. A entrevista em questão foi exibida em 29 de agosto de 2022. A informação foi divulgada pelo site Poder 360 nesta terça-feira (27).
Segundo relatos do veículo, durante seu depoimento à CGU, Emílio negou qualquer “conotação política” na entrevista com Silvinei. Ele afirmou que a presença do então diretor da PRF tinha como objetivo principal divulgar os trabalhos da corporação.
A CGU investiga se as declarações feitas por Silvinei durante a entrevista possuíam caráter político com o intuito de favorecer a reeleição de Jair Bolsonaro (PL). Silvinei é investigado por improbidade administrativa. Além de Emílio, dois policiais rodoviários federais que trabalharam com Silvinei Vasques também foram ouvidos.
O ex-diretor da PRF está detido desde agosto de 2023, sendo investigado por blitzes realizadas pela PRF em estados do Nordeste durante as eleições gerais e por publicar mensagens de apoio à candidatura de Bolsonaro nas redes sociais.
Silvinei Vasques, que é celíaco, perdeu 12 quilos durante o período em que está na prisão. Ele chegou a ficar duas semanas detido em uma cela comum na Papuda, em Brasília, antes de ser transferido para o Centro de Internamento e Reeducação (CIR), destinado a ex-policiais e presos provisórios com direito a prisão especial.
Com 27 anos de atuação na PRF, Silvinei Vasques ingressou na corporação em 1995 e se aposentou voluntariamente em dezembro de 2022, no final do governo Bolsonaro.