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Em meio ao Dia do Cinema Brasileiro, dados preocupantes revelam a baixa participação de filmes nacionais nas salas de cinema. No segundo trimestre de 2024, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas Cinematográficas Operadoras de Multiplex (Abraplex) e a Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas (Fenec), a produção nacional representou apenas 5% dos ingressos vendidos.
Um contraste marcante com o início do ano. Nos primeiros três meses, impulsionados pelo sucesso de “Minha Irmã e Eu” – primeira produção brasileira a superar 1 milhão de espectadores nos cinemas -, os filmes nacionais chegaram a responder por 25% da bilheteria nacional.
Dados divulgados pelo jornal Folha de S. Paulo indicam que em 2022, somente 4,2% dos frequentadores de cinema optaram por títulos brasileiros. Nos últimos 15 anos, a média de participação de mercado das produções locais era de 15%, evidenciando uma queda acentuada que preocupa o setor.
Diversos fatores contribuem para essa realidade. A ausência da lei da cota de tela, sancionada pelo presidente Lula em janeiro, mas ainda sem entrar em vigor, é um dos principais. Essa lei visa garantir a exibição proporcional de obras nacionais ao longo do ano, mas, sem sua implementação, filmes brasileiros, mesmo os mais comerciais, são relegados a sessões de menor movimento, antes das 16h.
Um exemplo disso é “Os Aventureiros: A Origem”, protagonizado pelo youtuber Luccas Neto e distribuído pela Warner em janeiro. O longa só contava com sessões antes das 16h, dificultando o acesso do público e limitando seu potencial de sucesso.