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Queen, a lendária banda de rock anteriormente liderada por Freddie Mercury, fechou um acordo com a Sony Music para a venda de seu catálogo musical, conforme informações da Variety. Este acordo abrange também produtos licenciados e outros negócios, excluindo receitas de apresentações ao vivo da banda. O valor do negócio foi estimado em US$ 1,27 bilhão (cerca de R$ 6,6 bilhões), tornando-o o maior deste tipo até hoje.
Comparativamente, em 2021, Bruce Springsteen vendeu seu catálogo por cerca de US$ 500 milhões (aproximadamente R$ 2,6 bilhões) para a Sony. No ano seguinte, a empresa adquiriu todo o catálogo de Bob Dylan por US$ 200 milhões (cerca de R$ 1 bilhão). Além disso, a Sony comprou 50% do catálogo de Michael Jackson por aproximadamente US$ 600 milhões (aproximadamente R$ 3,1 bilhões).
A Variety relata que outro licitante esteve próximo de adquirir o catálogo do Queen, mas não conseguiu igualar a oferta histórica da Sony. A identidade deste concorrente não foi revelada, já que a Sony Music optou por não comentar sobre o acordo.
O repertório icônico do Queen inclui sucessos atemporais como “Bohemian Rhapsody”, “We Will Rock You”, “Somebody to Love” e “Another One Bites the Dust”, músicas que continuam populares e lucrativas em plataformas de streaming e diversas licenças comerciais, cinematográficas e televisivas.
A logística do acordo com o Queen permanece complicada, uma vez que os direitos de gravação da banda nos Estados Unidos e Canadá estão com a Disney, conforme um acordo firmado nos anos 1990. Além disso, a Universal Music Group é a distribuidora mundial da banda e continuará sendo até que o atual contrato expire nos próximos anos.
De acordo com documentos corporativos, os membros remanescentes do Queen – Brian May, Roger Taylor e John Deacon – juntamente com o espólio de Freddie Mercury, são acionistas iguais da Queen Productions Ltd., que relatou receitas de US$ 52 milhões (aproximadamente R$ 270 milhões) em 2022.
Recentemente, o piano de 1973 utilizado por Freddie Mercury para compor “Bohemian Rhapsody” foi leiloado por US$ 2,2 milhões (aproximadamente R$ 11,4 milhões), superando o preço de US$ 2,1 milhões pago pelo Steinway de John Lennon usado para compor “Imagine”, conforme relatado pelo Wall Street Journal.
A coleção de Mercury, descrita como uma “bagunça requintada”, incluía também a letra manuscrita da ópera rock do Queen, vendida por US$ 1,7 milhão (cerca de R$ 8,8 milhões). As 15 páginas, escritas em papel timbrado de uma companhia aérea extinta, revelaram que a música inicialmente quase se chamava “Mongolian Rhapsody” antes de Mercury decidir por “Bohemian”.
Em outras notícias relacionadas ao Queen, Brian May, guitarrista e membro fundador, elogiou recentemente Pete Townshend, do The Who, afirmando que ele “basicamente inventou” a guitarra rock. May também se apresentou ao lado do The Offspring, tocando “Gone Away” e um cover de “Stone Cold Crazy”. Ele colaborou ainda com o compositor francês Jean-Michel Jarre no Festival Starmus.
A história do Queen começou em 1970 e, com Freddie Mercury à frente, a banda se tornou rapidamente uma das maiores e mais duradouras do rock. Após a morte de Mercury em 1991, o legado da banda continua vivo não apenas através de streams e vendas, mas também por meio de musicais, filmes e diversas parcerias comerciais.