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A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, participou do programa “Mais Você”, da TV Globo, na manhã desta terça-feira (1º). Durante a conversa com a apresentadora Ana Maria Braga, a ministra comentou sobre as eleições municipais, que acontecerão no próximo domingo (6), além de abordar sua rotina de trabalho e questões relacionadas ao discurso de ódio direcionado a mulheres candidatas.
Importância do Voto
Cármen Lúcia ressaltou a importância do eleitor no processo eleitoral, destacando o papel central de cada cidadão na hora de votar. Segundo ela, é na cabine eleitoral que o eleitor exerce seu papel na construção da democracia:
“Estamos às vésperas de uma eleição, e é importante que todos votem. Nós somos os protagonistas da nossa história e da história do Brasil”, afirmou a ministra, reforçando a responsabilidade individual de cada eleitor.
Desafios para Mulheres na Política
Durante a entrevista, a ministra mencionou o impacto do discurso de ódio voltado a candidatas, que tem levado algumas mulheres a desistirem de seguir na política. Ela explicou que esses ataques têm desmotivado candidaturas femininas, afetando, em alguns casos, as famílias dessas mulheres.
“A violência verbal contra mulheres na política é um problema que desestimula candidatas e interfere no processo eleitoral”, disse Cármen Lúcia, mencionando relatos de mulheres que enfrentaram dificuldades devido a essas campanhas.
Representação Feminina
A ministra também comentou sobre a baixa representação feminina nos espaços políticos. Ela apontou que, em muitos municípios, a presença de mulheres em cargos de poder ainda é limitada, citando como exemplo Minas Gerais, onde um terço dos municípios não possui nenhuma mulher na Câmara Municipal.
Segundo Cármen Lúcia, a falta de representatividade de mulheres e de grupos étnicos majoritários na população brasileira é uma questão que merece atenção.
Rotina de Trabalho
Ao ser questionada sobre sua rotina de trabalho durante o período eleitoral, a ministra descreveu a carga de trabalho como intensa, especialmente por acumular funções do Supremo Tribunal Federal (STF) e do TSE.
“Neste período, a carga de trabalho aumenta, devido à administração e coordenação das eleições, além dos processos recebidos no STF”, relatou.