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Epic Games, a empresa dona do Fortnite, Fall Guys e do motor gráfico Unreal Engine, sofreu um ciberataque no qual os criminosos teriam em sua posse cerca de 200 GB de informações, incluindo dados da empresa, senhas, informações de pagamento dos usuários e códigos de desenvolvimento.
O ataque foi anunciado pelo grupo de ransomware Mogilevich, e a empresa já está reagindo à situação, pois os criminosos deram um prazo para não divulgar as informações.
De acordo com relatos, o grupo realizou ataques a outros alvos de alto perfil, como Infiniti USA e Bazaarvoice, antes de focar na Epic Games. Os cibercriminosos relataram suas atividades por meio de uma plataforma na Dark Web, onde oferecem seus serviços a possíveis afiliados e alertam as empresas sobre as consequências de não protegerem seus sistemas.
A escala e a extensão do ataque à Epic Games são preocupantes. Os dados roubados incluem e-mails dos funcionários, nomes e senhas, além de informações de pagamento e, o mais alarmante, o código-fonte de seus produtos, como o Fortnite e o motor gráfico Unreal Engine, que têm um grande número de usuários.
Informações sensíveis que, nas mãos erradas, poderiam ter consequências drásticas para a empresa e os potenciais usuários afetados.
Como a Epic Games reagiu ao ataque
Diante da gravidade da situação, a Epic Games emitiu um comunicado declarando estar investigando o incidente, mas sem confirmar a veracidade das afirmações do Mogilevich. A empresa afirma que o grupo de ransomware não forneceu nenhuma prova da autenticidade de suas acusações e não respondeu às tentativas de contato por parte da empresa.
“É muito possível que o grupo de ransomware nem sequer seja o que diz ser, mas sim vários estelionatários oportunistas que esperam enganar alguém para comprar dados falsos ou fazer uma empresa pobre pagar um resgate quando nem sequer foram hackeados”, diz o comunicado.
Segundo a empresa, os invasores possuem uma plataforma que não parece verídica, e por isso eles duvidam da autenticidade da situação, considerando que estão pedindo dinheiro para pagar o resgate das informações.
“Diferente dos sites de extorsão usados por grupos estabelecidos de ransomware como serviço, o site do Mogilevich é amador. O grupo também solicita um depósito de 1.000 dólares para possíveis afiliados, algo que provavelmente levantará enormes suspeitas entre os estelionatários profissionais”, publicou a empresa.
No entanto, o grupo afirma ter 189 GB de dados dos usuários da empresa. O prazo dado à Epic Games para pagar o resgate vai até 4 de março. Em caso de não cumprimento, eles começarão a vender as informações.
Este ataque é mais um na lista de ameaças que as empresas de jogos e tecnologia têm enfrentado ultimamente, sendo os casos de ransomware os mais comuns.
Recentemente, a Agência Nacional Contra o Crime do Reino Unido (NCA) anunciou ter desmantelado o LockBit, outro grupo de ransomware perigoso, embora ainda não se conheçam muitos detalhes desta operação.
No caso da Epic Games, o mais importante é que a empresa consiga confirmar a veracidade das informações. Empresas de segurança cibernética sempre sugerem não pagar o resgate exigido pelos criminosos, pois não há garantia de que a informação não será vendida ou que será devolvida completa.