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O magnata do hip-hop Sean “Diddy” Combs, de 54 anos, foi preso na semana passada em Nova York, enfrentando acusações graves que incluem agressão sexual, violência física, tráfico sexual à força e transporte para fins de prostituição, com os supostos crimes ocorrendo na década de 1990.
De acordo com promotores federais, Combs teria “criado um empreendimento criminoso” para “abusar, ameaçar e coagiu mulheres e outras pessoas ao seu redor para satisfazer seus desejos sexuais, proteger sua reputação e ocultar sua conduta”. Os promotores alegaram que ele usou drogas e violência, além de seu status, para “atrair vítimas femininas” para festas privadas conhecidas como “freak offs”, onde teriam ocorrido atos sexuais prolongados.
A mais recente acusação foi feita em 24 de setembro por Thalia Graves, que alega que Combs e seu segurança a drogaram, amarraram e estupraram em 2001, filmando as agressões. Esta é a décima primeira acusação contra o artista.
Combs, conhecido por sua luxuosa festa de aniversário de 53 anos em sua mansão em Beverly Hills, avaliada em US$ 61 milhões, agora se vê em uma situação delicada. A festa, que celebrou seus 30 anos na indústria musical, contou com a presença de estrelas como Jay-Z, Travis Scott e Mary J. Blige, destacando seu legado no hip-hop como artista e produtor.
Em março, a mesma mansão foi invadida pela polícia, que encontrou armas de fogo, munição e mais de mil frascos de lubrificante. As novas acusações surgem após um ano em que Combs enfrentou processos de diversas mulheres. Ele nega todas as alegações e se declara inocente. Seu advogado afirmou que ele é um “lutador” que “não teme as acusações”.
Atualmente, Combs está detido no Metropolitan Detention Center, no Brooklyn, conhecido por suas condições precárias. Os advogados do rapper solicitaram sua liberação, citando as condições “horríveis” da prisão, mas a fiança foi negada duas vezes, com promotores argumentando que existe “um sério risco de fuga”. Se condenado, ele poderá enfrentar penas de 15 anos a prisão perpétua.
Acusações de Cassie e Outras Mulheres
Cassie Ventura, cantora e ex-namorada de Combs, processou o artista, alegando que ele usou sua posição de poder para estabelecer um relacionamento “manipulador e coercitivo”. No processo, ela descreveu episódios de abuso, incluindo agressões físicas que resultaram em hematomas e ferimentos.
Ela relatou que as festas “freak offs” eram sessões sexuais movidas a drogas, onde Combs supostamente coagia mulheres e as filmava. Além disso, Ventura alegou que Combs destruiu o carro do rapper Kid Cudi ao tentar impedir um relacionamento dela.
Embora Combs tenha negado as alegações e acusado Ventura de extorsão, o caso foi resolvido com um acordo financeiro. Desde então, outras mulheres apresentaram processos, incluindo uma que alegou ter sido drogada e estuprada em 1991, e outra que afirmou ter sido violentada por Combs e um cúmplice quando tinha 16 anos.
Esses processos surgem no contexto do New York Adult Survivors Act, que permitiu que sobreviventes de abuso sexual apresentassem queixas após o prazo de prescrição. Combs, que nega todas as acusações, teve seu porta-voz afirmando que os processos são motivados por “ganância por dinheiro”.
Desdobramentos Recentes
O clima em torno de Combs se agravou com a revelação de um vídeo que mostra sua agressão a Cassie em 2016, o que levou o músico a pedir desculpas publicamente. Mais acusações de agressão sexual foram feitas por diversas mulheres entre 2004 e 2009, e novos processos continuam a ser protocolados.
Na última audiência, os promotores descreveram Combs como chefe de uma organização criminosa que usou ameaças e violência para forçar mulheres a participar de festas sexuais. Os detalhes chocantes incluem a alegação de que Combs gravou essas “freak offs” e usou as imagens para coagir as vítimas ao silêncio.
O advogado de Combs insiste em sua inocência e afirmou que as festas eram consensuais. Entretanto, o juiz negou a fiança, citando preocupações sobre a possibilidade de obstrução da investigação, dadas as tentativas anteriores do artista de contatar testemunhas.
Diddy continua detido no Brooklyn, enquanto seus advogados preparam uma nova apelação. A próxima audiência está marcada para 9 de outubro, e Combs enfrenta um futuro incerto enquanto as acusações continuam a se acumular.