O influenciador digital Felipe Neto recorreu às redes sociais nesta quarta-feira (29) criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, devido ao apoio dado à proposta de taxação de compras no exterior, aprovada na Câmara dos Deputados.
“Eu fui uma das pessoas lá atrás a falar que não era plano desse governo taxar as comprinhas da Shein, da Shopee, porque foi isso que foi passado. O próprio Lula falou há pouquíssimos dias que se o Congresso passasse a lei de taxar as comprinhas de menos de 50 dólares, que ele, Lula, vetaria”, afirmou o influenciador.
“Agora o Congresso votou e passou na Câmara a taxação de 20%. E o governo apoiou. Aí eu fico com que cara? Ô Lula, eu fico com qual cara, Lula? Tu fala uma coisa, eu vou lá e falo sobre esse assunto, o que você falou. Mas aí para tentar ter uma pseudogovernabilidade, o governo costura acordo com Arthur Lira, e com o Centrão e com a extrema direita, para poder passar isso num grande acordo na Câmara dos Deputados. Ou seja, no final das contas ficou o povo brasileiro de um lado, e o PL e o PT juntos de outro, unidos. Quem é que vai perder essa batalha, quem é que vai vencer? E aí eu fico de otário, né”, acrescentou.
Felipe Neto classificou a taxação como uma vergonha e criticou a postura do governo em relação ao tema, observando que a medida é contraditória com o que foi prometido anteriormente.
“É uma tristeza que o governo fale uma coisa e faça outra. O governo se unir ao Centrão e à oposição que apoia o ex-presidente Jair Bolsonaro para aprovar a taxação é lamentável”, ressaltou.
O influenciador também dirigiu críticas aos políticos e influenciadores de direita por não questionarem Bolsonaro pelo apoio ao projeto.
“A extrema direita é tão canalha, que ela fala como se essa taxação fosse de inteira responsabilidade da esquerda. Ora, o acordo foi entre todos os partidos. Só quem não participou foi a galerinha neoliberal. Culpa é de todos eles, a diferença é que eu falo que a culpa é de todos eles, incluindo Lula, incluindo Alckmin, incluindo Haddad, e todos os deputados de esquerda que aprovaram esse projeto”, concluiu Felipe Neto.