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Em ato realizada nesta quarta-feira (11), na Câmara dos Deputados, em Brasília, policiais federais e policiais civis dos estados, acusaram o presidente Jair Bolsonaro (PSL) de “traição”, e pediram que a União dê à categoria o mesmo tratamento dispensado aos militares das Forças Armadas na Reforma da Previdência.
A líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), se aproximou do grupo na tentativa de ‘apagar o incêndio’, e se comprometeu a receber as demandas da categoria. Com os ânimos de alguns agentes acalorados, o presidente da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), André Gutierrez, diz à Hasselman: “O texto que veio foi decepcionante para nós, que ajudamos a eleger ele. Bolsonaro traidor é em função do texto que veio”.
Condições especiais
No discurso, a classe lembra que apoiou em peso a eleição de Bolsonaro, mas que foi esquecida pelo governo na PEC 6, da Reforma da Previdência dos servidores e trabalhadores civis, pois, segundo os agentes, as condições especiais de suas funções não foram levadas em conta na proposta.
Deolindo Carniel, presidente da FenaPRF, estava no local e disse que a mobilização da categoria não vai parar. Entre os pontos da reforma previdenciária criticados pelos policiais estão as regras de pensão e a transição para a aposentadoria.
Carniel argumentou que a justificativa do governo para o que chamou de “tratamento diferenciado” aos militares se encaixam também para policiais — civis e federais. Ele cita a ausência dos adicionais de insalubridade e noturno, bem como de horas extras.