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No final de março, o governo de Santa Catarina comprou 200 respiradores por R$ 33 milhões, cujo primeiro lote deveria ter sido entregue pela empresa até 7 de abril e ainda não chegaram ao estado.
O estado comprou os respiradores no dia 26 de março. Cada aparelho custou R$ 165 mil, valor pelo menos 65% mais caro do que os adquiridos pela União durante a pandemia do novo coronavírus.
O 1º lote, com 110 respiradores, deveria chegar até 7 de abril, o que não ocorreu. Um 2º lote, com o restante, precisaria ser entregue até 30 de abril.
Sem licitação, a proposta escolhida foi da Veigamed, com sede no Rio de Janeiro (RJ). No site da empresa, os respiradores não fazem parte da lista de produtos. No entanto, de acordo com a proposta, o modelo oferecido é o medical c35.
Ao pesquisar o CNPJ da companhia, segundo dados do governo catarinense, a empresa se localiza na Rua Antônio Felix, nº 679, em uma “casa simples” no município de Nilópolis, diferente do prédio que aparece no site da Veigamed. O jornal The Intercept Brasil ligou no telefone presente no cadastro da Receita Federal e foi informado que o local correspondia a uma “casa de massagem”, ou seja, um ‘puteiro’.
A 1ª Vara da Fazenda Pública de Florianópolis, em decisão liminar temporária, bloqueou nesta quarta-feira (29), os R$ 33 milhões que seriam destinados para a “casa de massagem”.
A Vara também suspendeu qualquer novo pagamento relativo ao contrato, feito com dispensa de licitação.