Coronavírus

Estudos apontam que imunidade de rebanho para conter a covid-19 pode ter sido superestimada

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Epidemiologistas e novos estudos sugerem que a chamada imunidade coletiva (imunidade de rebanho) supostamente necessária para conter a expansão do novo coronavírus (covid-19) pode ter sido superestimada ou estar sendo calculada de forma imprecisa, informa a Folha de S.Paulo.

Segundo o site, isso explicaria a não ocorrência de uma segunda onda de infecções até agora. Mesmo que, nos locais inicialmente mais afetados e reabertos, menos de 20% da população tenha desenvolvido anticorpos para a covid-19.

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Se estimava, há alguns meses, que até 70% das pessoas deveriam contrair o vírus antes que ele não encontrasse hospedeiros para se propagar.

O motivo pode ter relação com ao menos dois fatores:

1) Muito mais pessoas pegaram o vírus e desenvolveram anticorpos que diminuem com o tempo, resultando depois em testes negativos; ou elas se curaram mesmo sem a criação de anticorpos;

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2) O principal vetor de transmissão do vírus seriam os adultos jovens, que circulam mais pelas cidades, sobretudo em transportes coletivos.

Observa-se o caso de Manaus, considerada por epidemiologistas como um campo de provas para a livre evolução da epidemia devido ao baixíssimo isolamento social, que resultou no colapso dos sistemas de saúde e funerário.

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De acordo com a Epicovid19, maior mapeamento do coronavírus do país conduzindo pela Universidade Federal de Pelotas, o máximo de prevalência de anticorpos na população da capital do Amazonas foi encontrado entre os dias 4 e 7 de junho: 14,6%. Na rodada seguinte de testes, entre 21 e 24 de junho, a pesquisa encontrou só 8% dos manauaras com anticorpos.

Junho foi o mês em que os sepultamentos e cremações em Manaus se reaproximaram das taxas pré epidemia; e julho vem sendo marcado pela desmobilização de parte do aparato para a Covid-19.

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Na cidade de São Paulo, com mais isolamento e menos mortes que Manaus, proporcionalmente, o máximo de prevalência de anticorpos encontrada na população foi de 3,3%, entre 14 e 21 de maio.

Mesmo assim, e apesar da reabertura gradual, a capital registra queda sustentada de novos casos, a ponto de oferecer leitos a cidades onde a epidemia agora avança.

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Segundo imunologistas, é provável que o Sars-CoV-2 possa estar sendo combatido em duas frentes: pelos linfócitos (células) B, que produzem anticorpos, na resposta imune denominada humoral; e pelos linfócitos T, que não fazem isso, mas que também combatem o vírus eliminando células infectadas —nesse caso, por resposta citotóxica.

Como a ação dos linfócitos T não produz anticorpos, muitas pessoas teriam defesa contra o vírus sem que a maioria dos testes hoje aplicados (não celulares) detecte isso.

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Outro ponto é que os anticorpos produzidos pela ação dos linfócitos B podem diminuir com o tempo, mas sem que se perca a imunidade.

Isso explicaria a redução da prevalência, com o tempo, de anticorpos detectados na população nos testes em Manaus e em outras cidades monitoradas pela Epicovid19 —e sem que haja novos surtos.

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Esper Kallás, infectologista e professor da USP, suspeita que tenham sido justamente os moradores das comunidades menos ricas, sobretudo os adultos jovens, os maiores responsáveis pela disseminação do coronavírus e da obtenção de uma imunidade comunitária maior nas cidades mais afetadas.

Mesmo que não detectada totalmente nas pesquisas de prevalência imunológica, como as da Universidade Federal de Pelotas, essa imunidade maior impediria agora uma segunda onda de infecções.

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“Os adultos jovens, que se locomovem muito mais em transporte público, e que não apresentam sintomas importantes, parecem ter sido os grandes disseminadores do vírus e os responsáveis, neste segundo momento, pela contenção de sua propagação.”

Kallás afirma que, no caso da gripe comum, a imunidade comunitária é atingida com 33% a 44% da população infectada. Em se tratando da Covid-19, a taxa necessária para que isso ainda é incerta, mas ele suspeita que seja menor.

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Com informações de Folha de S.Paulo.

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