Coronavírus

Vacina da Rússia poderá mostrar efeitos adversos na fase 3, diz infectologista

O infectologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Júlio Croda, acredita que os dados publicados sobre a vacina da Rússia contra a covid-19, a Sputnik V, foram importantes para a comunidade científica, mas afirma que é um estudo muito tímido se comparado, por exemplo, com as fases 1 e 2 da vacina da Universidade de Oxford em parceria com o grupo farmacêutico AstraZeneca, que foi suspensa nesta terça-feira (09), por efeitos adversos sérios.

A Venezuela anunciou que vai participar da fase 3 dos testes clínicos da vacina russa. No Brasil, o governo do Paraná diz que vai pedir a autorização da Anvisa para fazer os testes. Na semana passada, a revista científica The Lancet mostrou que a vacina se mostrou segura nas fases 1 e 2.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

“Existe uma série de dificuldades nos resultados que foram apresentados porque foi um número de pessoas bastante restrito — apenas 76 voluntários, só homens, de 20 a 30 anos. E não teve um grupo que recebeu placebo para justamente comparar os efeitos adversos e as respostas imunológicas”, explicou Croda em entrevista à CNN.

Questionado como imagina que se dará a fase 3 de testes da vacina russa, o infectologista se mostrou mais otimista. Isso porque as autoridades de saúde do país afirmaram que vão testar 40 mil pessoas.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

“É um tamanho de amostra bastante adequado para mostrar eficácia. A gente vai ver melhor os efeitos adversos e a resposta imunológica. E envolvendo outras populações como a da Venezuela e a do Brasil, podemos entender se existe características genéticas de certas populações que podem trazer resposta imunológica diferenciada”, avaliou o especialista.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

© 2024 Todos os direitos reservados Gazeta Brasil.

Sair da versão mobile