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A Polícia Civil prendeu nesta sexta-feira (25) Eduardo Hage Carmo, ex-subsecretário de Vigilância à Saúde, e Emmanuel de Oliveira Carneiro, ex-diretor de Aquisições Especiais da Secretaria de Saúde do Distrito Federal na 3ª fase da operação Falso Negativo. A ação investiga supostas fraudes na compra de testes para a covid-19. São cumpridos mandados de busca e prisões. A ação é realizada também com o Ministério Público.
Eduardo Hage era o único investigado na operação que conseguiu liberdade, por meio de um habeas corpus após a segunda fase da operação. Na ocasião, a polícia prendeu a cúpula da Secretaria de Saúde, incluindo o ex-secretário Francisco Araújo. Esta é a segunda prisão dele. Emmanuel Carneiro foi denunciado pelo Ministério Público por suspeita de participação no esquema.
Presos
Na segunda etapa da operação Falso Negativo foram presos também Ricardo Tavares Mendes, ex-secretário adjunto de Assistência à Saúde do DF, Eduardo Seara Machado Pojo do Rego, secretário-adjunto de Gestão em Saúde, Jorge Antônio Chamon Júnior, diretor do Laboratório Central do DF e Ramon Santana Lopes Azevedo, assessor especial da Secretaria de Saúde. Eles foram encaminhados para o presídio da Papuda.
Saiba mais sobre a Operação Falso Negativo
O Secretário de Saúde Francisco Araújo foi preso preventivamente em seu apartamento, no noroeste. A prisão foi feita após o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e a Procuradoria-geral de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios identificarem que o secretário fazia parte de uma suposta organização criminosa instalada dentro da Secretaria para fraudar a escolha de fornecedores e superfaturar a compra dos testes.
Após as prisões, o governador Ibaneis Rocha afastou toda a cúpula da Secretaria de Saúde. De forma provisória, Osnei Okumoto assumiu a pasta. Ele estava na presidência da Fundação Hemocentro de Brasília e já foi titular da Saúde.
Em comunicado oficial, Ibaneis informou que a SES sempre foi transparente na divulgação de informações e considera desnecessárias as prisões preventivas. o governador afirmou que “todos sempre estiveram à disposição do MP para esclarecimentos de quaisquer fatos relativos à compra de testes”.
Segundo o MP, os investigadores afirmam que o prejuízo aos cofres públicos chegaria a R$ 18 milhões. Alguns servidores estariam se organizando para fraudar licitações e comprar testes IGG/IGM de baixa qualidade e com preços superfaturados.
Como a prisão do secretário Francisco Araújo é preventiva, não há prazo para a soltura até que haja nova definição nas investigações.
No total, foram expedidos 44 mandados de busca e apreensão e sete de prisão em Goiás, Mato Grosso, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Bahia.