Coronavírus

Covidão: PF faz buscas contra vice-governador do Amazonas por desvios na área da Saúde

A Polícia Federal (PF) deflagrou operação nesta quinta-feira (08), para cumprir mandados de prisão temporária contra cinco pessoas, além de buscas e apreensões contra seis investigados na Operação Sangria, que apura corrupção em contratos do governo Wilson Lima no Amazonas.

As medidas cautelares, que incluem o sequestro de bens e valores dos investigados, foram determinadas pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Francisco Falcão, e requeridas pela subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo.

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A ação da PF mira uma organização criminosa instalada no governo do Amazonas com o objetivo de desviar recursos públicos destinados a atender às necessidades da pandemia. Os investigados são suspeitos de práticas como peculato e lavagem de dinheiro.

O vice-governador, Carlos Alberto (PTB), está entre os alvos de buscas. Contra outro investigado, apontado como homem de confiança do governador Wilson Lima (PSC), foram expedidos mandados de busca e apreensão e de prisão temporária por cinco dias.

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Segundo as investigações, o suposto operador teria sido destacado pessoalmente por Wilson Lima para intermediar as aquisições fraudulentas de respiradores e financiá-las, tendo sido responsável por indicar a loja de vinhos que vendeu os aparelhos ao estado.

Segundo a PGR, provas reunidas na 1ª fase da operação no Amazonas mostram que o governador Wilson Lima exercia “domínio completo não apenas dos atos relativos à aquisição de respiradores para enfrentamento da pandemia, mas também das demais ações governamentais relacionadas à questão, no bojo das quais atos ilícitos teriam sido praticados”.

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Ainda de acordo com as investigações, já o vice-governador “tinha grande influência na gestão da Secretaria de Saúde, pasta na qual atuou durante os três primeiros meses de governo”.

“As provas apontam que a cúpula da Secretaria de Saúde se reportava frequentemente ao vice-governador para tratar de contratos da área de saúde, inclusive sobre pagamentos”, afirma a PGR.

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Na peça enviada ao STJ, Lindôra Araújo indica que o inquérito em curso investiga o “direcionamento na contratação da empresa; sobrepreço e superfaturamento na aquisição dos respiradores; organização criminosa; lavagem de dinheiro; montagem de processos e adulteração de documentos, com a finalidade de encobrir os crimes praticados”.

Para ela, há “uma verdadeira organização criminosa que se instalou na estrutura do governo do estado do Amazonas, com o objetivo de desviar recursos públicos destinados a atender às necessidades da pandemia de Covid-19”.

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O esquema de compra fraudulenta de 28 respiradores teria movimentado 2,9 milhões de reais, com envolvimento direto da cúpula do poder do estado.

Um laudo da PF atesta superfaturamento de 133,67% na compra feita pela Secretaria de Saúde do Amazonas com dispensa de licitação. Os respiradores foram fornecidos por empresa especializada no ramo de bebidas alcoólicas, denominada “Vineria Adega”.

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Em uma manobra conhecida como triangulação, uma outra empresa vendeu os respiradores à adega por 2,4 milhões de reais. A empresa, por sua vez, repassou os equipamentos ao governo do Amazonas por 2,9 milhões de reais.

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