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Em entrevista para a Jovem Pan, o ministro da Saúde Eduardo Pazuello afirmou nesta quinta-feira (10) que pretende adquirir a vacina chinesa CoronaVac, imunizante desenvolvido pela Sinovac com o Instituto Butantan, caso seja comprovada a eficácia, ela seja registrada pela Anvisa e tenha preços e logística dentro dos padrões.
Segundo Pazuello, as conversas bilaterais com o Instituto Butantan, ligado ao Governo Doria, nunca deixaram de ser feitas e já existe um memorando de entendimento assinado desde outubro — quando a pasta manifestou o interesse em adquiridas as doses quando os testes forem concluídos.
“Na época, a intenção era de comprar toda a produção disponível naquele momento. É o mesmo documento que fizemos com a Pfizer. É isso o que podemos fazer antes que o produto deseja efetivamente incorporado ao SUS”, disse.
Ele ressaltou ainda que isso nunca foi mexido ou desautorizado: “Em português claríssimo: Sim, vamos comprar as vacinas da CoronaVac caso sejam registradas e comprovadas com o preço dentro da lógica correta. A Anvisa é a nossa agência reguladora. Quando chegar registrado, certificado, dentro do preço, qualidade e quantidade prevista, compraremos não só a do Butantan como a de qualquer lugar que esteja disponível. O Butantan já é o grande fabricante de vacinas do SUS e as negociações e acertos são técnicos. Não podemos caminhar para discussões políticas”.
Ele destacou que as negociações, pelo menos até agora, estão mais próximas de serem feitas com a Pfizer por conta da aprovação pela MHRA (órgão regulador do Reino Unido) e a vacinação de uso emergencial que já acontece no país — além do provável registro pela FDA (Anvisa americana), nos Estados Unidos, ainda neste ano. Ao todo, estão previstas 70 milhões de doses — que ainda não foram oficialmente compradas.
Porém, falar em datas está apenas no plano hipotético: “Ainda não temos vacina registrada no mundo, apenas uso emergencial. Só a Pfizer concluiu a fase 3 de testes e mostrou que funciona. É só com a vacina registrada e em grande quantidade é que teremos resultado. Pequenas amostras de pequenos grupos é interessante para criar um ambiente de vacinação, mas resultado mesmo apenas quando atingir o povo”.