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O título é bem sugestivo, creio que a maioria das pessoas já deve ter assistido a primeira trilogia da série Star Wars. No primeiro filme (Uma Nova Esperança) víamos um mundo dominado por forças do lado sombrio, avançando para a construção de uma máquina que iria consolidar por completo o seu poder: a Estrela da Morte.
Chegando quase no limite do tempo que restava para o Império conquistar o universo, Skywalker se juntou a aliança rebelde e com o auxílio da sabedoria dos Jedis, num tiro de misericórdia e completamente sem mira, mas com a fé ao seu lado, ele consegue destruir a Estrela da Morte e conceder uma nova esperança de derrotar o Império.
O mundo viu um cenário similar, onde desde 2016, a direita conseguiu dar uma guinada política que mesmo sem a máquina na mão, emplacou alguns líderes ao redor do mundo que prometiam trazer mais voz e liberdade para o povo.
Já no filme seguinte, nos víamos uma das poucas vezes um final hollywoodiano onde mal vencia. O império contra-atacava… Foram tantas baixas, tantas perdas, tantas decepções que parecia que o mundo estava fadado a ser controlado pelo Império.
E parece que o mesmo cenário vem se reproduzindo no nosso mundo real. Vemos a direita sofrendo derrotas em diversos locais e em diversas áreas, desde perdas campo eleitoral até o campo da liberdade de expressão.
Um dos acontecimentos mais aterradores foi a suspensão da conta oficial do Donald Trump pelo Twitter. Isso foi um grande banho de água fria, talvez presságio do que pode estar por vir. No Brasil já estamos calejados, vimos surgir nos últimos meses diversas iniciativas para reduzir a liberdade nas redes como: CPMI das Fake News, Inquéritos do Fim do Mundo, PL2630 (FakeNews), PL3144 (PL da Joice), entre outros. Mas até então nós estávamos vendo a força do establishment ser utilizada contra o cidadão “comum”, até então nenhum líder mundial havia sido calado por forças não eleitas pelo povo.
Dizem que a vida copia a arte, e se vocês lembram, o terceiro filme (O Retorno de Jedi) é onde as poucas pessoas que ainda se opunham ao sistema vigente, conseguiram se unir e derrotar o Império. Eu quero acreditar que nós também nos encaminhamos para esse desfecho, a união de pequenas pessoas em torno de um ideal de liberdade para a conquista de dias melhores.
É preciso lembrar da realidade do Brasil, não podemos ficar focados em problemas globais, temos que primeiramente resolver nossas questões locais. Estamos a menos de 1 mês para as eleições da presidência da Câmara e do Senado, muitas pessoas não estão dando a devida importância, mas a definição da pauta e dos projetos que serão postos em discussão para determinar o futuro do país está nas mãos de quem vencer essas cadeiras.
O cenário está longe de ser dos melhores, precisamos de reformas para reaquecer a economia, precisamos discutir sobre a inclusão do voto auditável, precisamos garantir que a liberdade não será surrupiada. E essa disputa vem sendo desenhada entre 2 grandes blocos.
De um lado está o bloco da esquerda. Encabeçado por Maia, esse bloco reúne todos os partidos de esquerda (o PSOL ainda não aderiu formalmente, mas vários deputados apoiam publicamente) e a social democracia brasileira. Eles escolheram o Baleia Rossi como candidato. E ele já firmou o compromisso de ajudar a esquerda a atrapalhar a vida do governo. Não preciso ficar explicando os problemas da vitória do candidato apoiado pelo PT, não é mesmo?
Do outro lado temos o bloco “governista”. Temos que colocar “governista” entre aspas porque aqui não temos um candidato do governo, um conservador propriamente dito. Temos um cara que, na verdade, vem tentando se aproximar do governo juntamente com o seu partido, o Arthur Lira do PP. Com um histórico no mínimo conturbado, e também envolto em questões judiciais, o Lira lidera o famoso bloco do “Centrão”. O apoio do governo se da muito mais pela necessidade de uma base no congresso (já que para aprovar uma lei em geral precisa da maioria, ou seja, 257 votos, e se for uma PEC precisa de 308 votos) do que pelo histórico e posicionamento ideológico do Lira. Porém, o planalto assegura que muitas matérias que são caras para sua militância já foram acordadas para serem postas em votação em caso de vitória do Lira.
É uma situação complicada, enquanto o Baleia Rossi prometeu que irá barrar qualquer pauta conservadora, o Lira é uma figura que sabemos que iremos nos decepcionar em algum momento.
Diante disso, o momento parece solicitar que a direita brasileira comece a formar alianças se quiser ter chances de combater o Império. Skywalker não chegou sozinho à sala do Imperador, ele precisou de diferentes pessoas com habilidades diferentes. Podemos fazer uma analogia com o mecanismo decisório de Brasília, diariamente um conjunto de forças se digladia para tentar vencer e implantar suas pautas. “Lobbystas”, empresários, o Agro, alas ideológicas, terceiro setor, dentre outros, são forças que batalham entre si e às vezes até se aliam para tentar influenciar nas tomadas de decisões.
O que aconteceu na América foi resultado da união de diversos grupos e entidades em torno de um avanço pelas pautas progressistas e globalistas. Aqui no Brasil precisamos mais do que nunca buscar fortalecer o grupo da direita e agregar aliados com capacidade de fortalecer a nossa luta pela liberdade. Tentar se aproximar do agronegócio, da sociedade civil, do setor judiciário, do empresariado, de qualquer pessoa que de uma forma geral acredite que a liberdade é um bem inviolável. Precisamos de número e fazer que nossa voz seja ouvida principalmente pelos tomadores de decisão.
Sei que o momento não é bom, mas também não lembro quando as coisas estavam boas. E quero só te relembrar de uma coisa, nossa luta é pela vida eterna, então trata de colocar um sorriso no rosto que literalmente nosso jogo só termina quando acaba.