Coronavírus

Engenheiro brasileiro cria óculos anti-covid para pessoas cegas

O engenheiro de software, Sandro Mesquita, desenvolveu óculos que auxiliam as pessoas cegas a não ficarem tão expostos aos riscos durante a pandemia da Covid-19. O projeto faz parte do mestrado que o profissional está prestes a concluir no Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (CESAR).

“Este equipamento permite saber se o outro indivíduo está usando máscara, se está na distância recomendada de 1,5 metros e também qual a temperatura corporal da outra pessoa”, destacou o engenheiro de software em entrevista ao R7.

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Os óculos precisam de três partes diferentes para funcionar. Uma delas é uma microcâmera composta por dois sensores infravermelhos, um para medir a temperatura corpórea e outro para medir distâncias, que fica ligada à região das lentes e possui um formato retangular. Há também uma espécie de microcomputador projetado para receber os dados gerados pelos sensores via Wi-Fi para então fazer o processamento. Este, por sua vez, foi pensado para ficar em uma bolsa junto com um carregador portátil.

Por último, a pessoa utilizará fones de ouvido conectados a este microcomputador via bluetooth, que vai transmitir ao usuário as informações captadas pelos sensores.

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“Os óculos pesam, em média,  70 gramas. A placa que fica na bolsa tem mais ou menos o mesmo peso, mas como ela é alimentada por um power bank, estes dois dispositivos juntos podem pesar um pouco mais”, afirma Mesquita, quando questionado sobre o conforto do equipamento para o usuário.

Ele ressaltou também que o equipamento pode ter muitas outras funcionalidades, mas ele prezou pelo funcionamento perfeito dos recursos básicos que uma pessoa cega pode precisar para se locomover diariamente pela cidade.

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“Há outras funções que poderiam ser acrescentadas, como chamadas telefônicas, geolocalização, solicitação de transporte por aplicativo e cálculo de rotas de ônibus, mas isso aumenta o valor do produto e pode implicar na perda da eficácia dos recursos mais básicos e necessários”, destaca.

O engenheiro diz que pessoas cega participaram de todo o processo de produção e de testes das funções dos óculos, e explica que, por conta das restrições do isolamento social, utilizou também pessoas vendadas para testar os recursos do equipamento.

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Os óculos apresentaram 95% de eficácia e o projeto está sendo submetido às últimas testagens antes de entrar em circulação.

Sandro explica que o modelo dos óculos estava sendo desenvolvido há três anos, mas, inicialmente, a ideia era fazer o reconhecimento facial de pessoas, mapear obstáculos e identificar árvores, semáforos e faixas de pedestre. Mas a mudança se deu quando a pandemia de covid-19 chegou ao Brasil.

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“Essa ia ser a minha tese de mestrado mas, vendo as recomendações do Ministério da Saúde sobre a pandemia, eu pensei em como a pessoa cega saberia se a alguém perto dela está sem máscara e se está a uma distância de 1,5 metro. Então decidimos adaptar o projeto às necessidades da pandemia”, afirma o engenheiro.

O modelo atual vem sendo trabalhado desde agosto de 2020. Em relação às vendas do produto, o mestrando ressalta que está solicitando apenas que as empresas que queiram produzir os óculos não façam um uso comercial visando um lucro exorbitante em cima do equipamento.

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Sandro estima que o equipamento completo custará, em média, R$ 700. Até o momento nenhuma empresa apresentou proposta de investimento ou compra dos óculos, e ele imagina que isso está acontecendo porque as marcas querem sempre gerar lucro em cima, e a proposta social está impedindo a aproximação de algumas delas.

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