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Morre substituto de Deltan Dallagnol na Lava Jato

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Morreu nesta quinta-feira, aos 45 anos, o coordenador da Lava-Jato de Curitiba, o procurador Alessandro Oliveira,  que substituiu Deltan Dallagnol na força-tarefa. A morte não tem relação com a Covid-19.

“Alessandro – sua pessoa e seu trabalho – está marcado na história do MPF, do Paraná e será sempre lembrado com carinho por todos aqueles que tiveram a honra de sua companhia”, diz a nota do Ministério Público do Paraná.

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Alessandro Oliveira assumiu a coordenação da Lava Jato em Curitiba em setembro de 2020, após a saída de Deltan Dallagnol, que entregou o cargo para cuidar da saúde da filha. Com a extinção força-tarefa como núcleo isolado e sua integração ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) instituído no Ministério Público Federal do Paraná, ele continuou responsável por comandar os procuradores.

Segundo fontes próximas ao procurador, ele enfrentava problemas de saúde após ter sofrido um acidente vascular cerebral e também havia descoberto um câncer. Passou os últimos dias internado, mas não resistiu. A morte não tem relação com a Covid-19.

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Eis  a íntegra da nota de pesar do Ministério Público Federal:

O Ministério Público Federal (MPF) no Paraná lamenta profundamente a morte do procurador da República Alessandro José Fernandes de Oliveira nesta quinta-feira (20). Com uma trajetória de 17 anos no MPF, o trabalho de Alessandro foi marcado pelo comprometimento, pela excelência e pela cordialidade.

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Todos aqueles que tiveram o privilégio de conviver com Alessandro durante a brilhante carreira dedicada à defesa dos ideais do MPF trazem a marca de seu exemplo. Alessandro deixa ao Ministério Público Federal um legado de coragem e honradez, que servirá de guia a iluminar os que, como ele, dedicam a vida à missão constitucional de “promover a realização da justiça, a bem da sociedade e em defesa do Estado Democrático de Direito”.

Alessandro tinha 45 anos e começou sua trajetória como procurador da República em 2004 na PRM/Marabá (PA). No mesmo ano foi removido para a PRM/Foz do Iguaçu, onde ficou até 2007. Ainda em 2007, o procurador foi para a PRM/Paranaguá, indo definitivamente para a sede do MPF, em Curitiba, em 2013. Mas seu vínculo com ao MPF no Paraná é mais antigo: Alessandro foi servidor comissionado de 2002 a 2004.

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Em 2013, ao assumir a Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná, Alessandro mostrou sua versatilidade e conhecimento jurídico, executando um trabalho marcante na área eleitoral, que até hoje é lembrado por colegas. No mesmo ano assumiu um novo desafio, mostrando seu comprometimento com o MPF: o de procurador-chefe substituto. O trabalho na esfera administrativa foi igualmente marcado pela dedicação, excelência e por sua capacidade de dialogar.

Na área criminal e de combate à corrupção, Alessandro teve a oportunidade de selar definitivamente seu comprometimento com a sociedade. De 2011 a 2013, o procurador foi conselheiro do Conselho Penitenciário do Estado do Paraná, e, de 2012 a 2016, foi coordenador da Rede de Controle da Gestão Pública no Estado do Paraná.

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Durante os anos de 2019 e 2020, o procurador esteve no Grupo de Trabalho da Lava Jato na Procuradoria-Geral da República (PGR), um reconhecimento nacional da excelência do seu trabalho, e onde ele conseguiu, novamente, trabalhar por uma sociedade mais justa e democrática.

Lava Jato – Recentemente, em 2020, em mais um ato de coragem e diante de um imenso desafio, Alessandro assumiu a coordenação da Lava Jato no Paraná. Com o lema “ninguém fica para trás”, o procurador cativou colegas com seu espírito coletivo e com sua forma empática e sempre respeitosa de dialogar. E, mais uma vez, mostrou a excelência do seu trabalho. Alessandro deixa um vazio como coordenador, mas muito mais como amigo, companheiro e exemplo de determinação, coragem e liderança.

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Alessandro – sua pessoa e seu trabalho – está marcado na história do MPF, do Paraná e será sempre lembrado com carinho por todos aqueles que tiveram a honra de sua companhia.

Palavras são insuficientes para homenageá-lo. A maior dedicatória que podemos fazer à sua vida é seguir seu legado de destemor, convicção e dedicação ao órgão.

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O MPF decreta luto oficial de três dias e presta condolências aos familiares e amigos de Alessandro.

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