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O secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, pediu exoneração do cargo nesta segunda-feira (7). De acordo com ele, a decisão foi tomada para facilitar ao máximo o acesso das autoridades aos documentos sobre contratos e decisões que tomou à frente do órgão e não restar dúvidas sobre sua conduta à frente da pasta.
Campêlo foi um dos alvos de uma operação da Polícia Federal (PF) no estado do Amazonas na última quarta-feira (2). Ele foi preso no aeroporto de Manaus, segundo a Superintedência da PF no estado. A Operação Sangria teve como alvo a alta cúpula do governo do Amazonas por desvios na Saúde.
“Minha permanência poderia parecer que tenho algo a esconder ou que fiquei para manipular as informações, por isso entreguei o cargo”, afirmou Campêlo, em referência à apuração dos fatos relacionados à Operação Sangria.
Segundo ele, as denúncias não têm sustentação. O pedido de exoneração foi apresentado em reunião com o governador Wilson Lima, que reafirmou a confiança em Marcellus Campêlo e na equipe da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM). Lima também foi alvo da operação da PF, que esteve em sua casa durante as diligências.
O secretário Executivo de Controle Interno da SES, Silvio Romano, responderá interinamente pelo órgão. A pedido de Lima, Campêlo permanecerá no governo do estado como coordenador da Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), responsável pelo Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim), órgão no qual ele atua desde o início da atual gestão, em 2019.
Em abril de 2020, ele foi convocado para atuar no Comitê de Crise do Governo, no primeiro pico da pandemia de Covid-19. Mesmo assumindo a SES em junho de 2020, Marcellus continuou à frente da UGPE, porém, recebendo apenas pelo cargo de secretário de Saúde, diz a nota do governo do Amazonas.