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Nesta quarta-feira (30), o laboratório AstraZenaca, que desenvolveu uma vacina contra a Covid-19 com a Universidade de Oxford, afirmou que não trabalha com qualquer intermediário no Brasil e todos os convênios foram realizados entre a Fiocruz e governo federal.
Recentemente em entrevista à Folha de S. Paulo, Luiz Paulo Dominguetti, que se diz representante da empresa Davati Medical Supply, acusou o agora ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, de pedir propina para negociar vacinas da AstraZeneca.
Porém, a própria Davati afirmou, em nota divulgada hoje para a imprensa, que o “único representante no Brasil é Cristiano Alberto Carvalho” e não Dominguetti. A nota diz também que a empresa nega ter conhecimento de “discussão que possa ter havido entre o sr. Pereira e qualquer funcionário do governo”.
“Nos últimos meses, trabalhamos para cumprir nosso compromisso de acesso amplo e equitativo e fornecer a vacina para o maior número possível de países ao redor do mundo. Neste momento, todas as doses da vacina estão disponíveis sob acordos assinados com governos e organizações multilaterais em todo o mundo, incluindo a Covax Facility. Atualmente a AstraZeneca não disponibiliza a vacina por meio do mercado privado ou trabalha com qualquer intermediário no Brasil. Todos os convênios são realizados diretamente via Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e Governo Federal”, afirma a nota da AstraZeneca divulgada para a imprensa.
O posicionamento público contraria as afirmações feitas por Dominguetti para a Folha. Por conta das contradições e da acusação em si, Dominguetti foi convocado para prestar esclarecimentos à CPI da Covid na próxima sexta-feira.