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Depois de 10 semanas em queda, o número de casos do novo coronavírus (Covid-19) voltou a subir na Europa. De acordo com a OMS, o aumento de 10% foi impulsionado pelo aumento de viagens, confraternizações e flexibilização das medidas de restrição social.
A OMS afirma que isso é resultado, também, da rápida propagação da nova variante Delta na região, onde 63% da população ainda está esperando pela primeira dose da vacina.
O Diretor Regional da Europa na OMS, Dr. Hans Henri P. Kluge, disse que haverá uma nova onda da doença, a menos que as regras de distanciamento e higiene sejam seguidas à risca e as pessoas sejam vacinadas o mais rápido possível: “Atrasos na vacinação custam vidas e economias, e quanto mais devagar vacinarmos, mais variantes surgirão. Vemos muitos países indo bem, mas a verdade é que a cobertura vacinal média na Região é de apenas 24% e, o que é mais grave, metade de nossos idosos e 40% de nossos profissionais de saúde ainda estão desprotegidos”.
O diretor citou ainda a Eurocopa 2020 e disse que “antes de observarmos nossos jogadores, e antes de todos fazermos as malas e irmos para um merecido descanso perto ou longe de casa” é preciso avaliar os riscos e agir com segurança.
Em entrevista à CNN Brasil nesta terça-feira (06), a vice-diretora geral da área de medicamentos, vacinas e produtos farmacêuticos da OMS, Mariângela Simão, afirmou que a realização do evento com público tem relação com o aumento de casos da doença, especialmente por causa de variantes como a Delta.
De acordo com Mariângela, um país só deve realizar grandes eventos se combinar dois fatores: transmissão comunitária do vírus baixa e uma boa cobertura vacinal:
“Mas uma boa cobertura vacinal, de ao menos 70% da população adulta vacinada, poucos países têm a ponto de deixar a população confortável. É preciso ter também uma boa avaliação de como está a transmissão comunitária nos países que vão participar dos eventos. Caso contrário, você ainda tem grupos de pessoas que não estarão protegidas, podendo transmitir ou ficar doentes”.