Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Em pronunciamento no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que ninguém precisa temer as manifestações do 7 de setembro. Ele deu a declaração durante cerimônia de lançamento das autorizações ferroviárias – Setembro Ferroviário.
“O Brasil está em paz, no meu entender, está faltando uma ou outra autoridade ter a humildade de reconhecer que extrapolou e trazer a paz no Brasil“, disse. “Ninguém precisa temer o 7 de Setembro. Já falei que, se Deus quiser, estarei aqui na Esplanada, usarei da palavra como logo depois como tenho compromisso em São Paulo dia 8 pretendo ocupar um carro de som na Paulista que deve ter umas 2 milhões de pessoas”.
“Hoje eu vi o ministro Fux, no início da sessão, dizendo que não pode haver democracia sem respeitar a Constituição. Palmas para o ministro Fux”, disse batendo palmas e incitando os presentes a fazerem o mesmo.
“Realmente, não pode ter democracia se nós não respeitarmos a Constituição em todos os seus artigos. Poderia dizer, principalmente, o artigo 5º, o direito de ir e vir, o direito ao trabalho, o direito a ter uma religião, a liberdade de expressão. Imagine dentro de nossas casas, se um casal começasse um a censurar o outro. Vai destruir a família. O nosso Brasil é o juntamento dessa famílias. Família sadia, país sadio”, acrescentou.
Bolsonaro ironizou também o ministro Alexandre de Moraes: “Duvido quem seja mais criticado do que eu nas mídias sociais. Mexem com gente da minha família quase que o tempo todo. Não é por isso que vou começar a tomar providência para calar essa pessoa. Como já disse o nosso ministro Alexandre de Moraes há pouco tempo: quem não quer ser criticado fique em casa. Parabéns, Alexandre de Moraes”.
O chefe do Executivo disse que não se pode usar da posição política institucional para praticar censura. “Não podemos nós, usar da força do poder que nós temos para censurar quem quer que seja, para desestabilizar a nação, para acirrar os ânimos. Ou somos democratas ou não somos. Essa liberdade é importante para todos nós”, continuou.
Por fim, ele disse que assim como conversa com um ministro da Esplanada quando tem problemas, o exemplo deveria ser seguido por membros da Corte em relação a Moraes.
“Todos os poderes são importantes. Quando um do meu ministério está dando problema, como já tive, chama, conversa e nos acertamos. Quando um da Câmara, do Senado está dando algum problema, é comum o líder partidário, o presidente da Câmara chamar para conversar. Quando um do STF começa a dar problemas, com toda certeza, o presidente ou seus pares devem conversar com ele. Porque alguns de nós, somos humanos, extrapolamos. Não podemos ficar refém de um do parlamento, um do Executivo ou um do Supremo Tribunal Federal. Essa é a harmonia. E a palavra em voga, né: “liberdade”, concluiu.