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Ao sancionar o Orçamento de 2022 da União, o presidente Jair Bolsonaro manteve o valor de R$ 4,9 bilhões para o Fundão Eleitoral. Ele também manteve R$ 1,7 bilhão para um possível reajuste para servidores.
Mesmo mantido o valor para o reajuste, o governo federal ainda não decidiu se realmente vai conceder os aumentos.
Outro valor importante no Orçamento sancionado pelo presidente é o reservado para as emendas de relator: R$ 16,5 bilhões.
As emendas de relator são um tipo de emendas parlamentares, pagas pelo governo a deputados e senadores.
Nesse caso, cabe ao relator do Orçamento no Congresso decidir quais parlamentares receberão repasses.
Com relação ao texto do Orçamento aprovado pelo Congresso em dezembro, Bolsonaro cortou R$ 3,18 bilhões.
Veja detalhes sobre o Fundão e o reajuste:
Fundo eleitoral
O fundo eleitoral é destinado aos partidos para financiarem a campanha política das eleições deste ano.
Inicialmente, o valor seria de R$ 2,1 bilhões. Depois, por decisão dos parlamentares, ele foi para quase R$ 6 bilhões. Porém, durante a aprovação do Orçamento no Congresso Nacional, ele foi para R$ 4,9 bilhões.
Parlamentares querem que o governo federal eleve o valor para R$ 5,7 bilhões. A ala política do governo também quer. Mas a equipe econômica defende que não haja recomposição e o valor fique mesmo em R$ 4,9 bilhões.
Reajuste para servidores
A aprovação da PEC dos Precatórios abriu espaço fiscal para o governo gastar mais no ano de 2022. Com isso, Bolsonaro passou a cogitar, nos últimos meses de 2021, um reajuste para policiais.
O texto aprovado pelo Congresso previa R$ 1,7 bilhão para reajuste de servidores e Bolsonaro manteve.
Só que a equipe econômica entende que o aumento exclusivo para policiais, e não para outras categorias, pode gerar uma repercussão negativa no serviço público e uma enxurrada de ações no STF.
Por isso, o governo ainda não decidiu se vai mesmo conceder o reajuste.