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Um novo estudo preliminar reforça a teoria de que o novo coronavírus (Covid-19) surgiu por meio da transmissão de animais para humanos no mercado Huanan, em Wuhan, na China.
A análise ainda precisa passar por revisão de outros cientistas e ser publicado em uma revista científica.
“Concluímos que o mercado de Huanan [na cidade de Wuhan] foi de fato o epicentro do surgimento do COVID-19”, dizem os autores da análise. A versão preprint foi publicada no sábado (26) na plataforma Zenodo.
O texto foi desenvolvido por cientistas dos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Holanda, Bélgica e Austrália.
Os pesquisadores mostram que os casos da doença de dezembro de 2019 estão concentrados próximo ao mercado. Isso foi registrado independentemente dos infectados trabalharem, visitaram ou estarem vinculados a alguém que foi ao local no final de 2019 ou não.
Eles também relatam que os casos diretamente ligados ao mercado estão associados à parte ocidental do estabelecimento. Nessa ala ficavam a maioria dos mamíferos vivos.
O mercado vendia cães-guaxinim, texugos e raposas em novembro e dezembro de 2019.
De acordo com eles, o vírus SARSr-CoV de morcegos teria passado para algum mamífero do estabelecimento e infectado humanos.
Eles também indicam que as duas linhagens inciais do SARS-CoV-2 estão associadas ao mercado de Huanan. “Esses resultados fornecem evidências incontestáveis de que havia um canal, através de mamíferos vivos suscetíveis, para o surgimento zoonótico do vírus no mercado de Huanan no final de 2019”, escrevem os autores.