Coluna

A criminalização da sanidade mental

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Vicent passeava com Holf, seu pastor alemão, quando se deparou com uma cena bizarra. Dois homens vinham em sua direção. Um de pé e o outro de quatro, guiado por uma coleira cheia de espinhos de ferro. O homem-cão encarava os “outros” cachorros enquanto emporcalhava as mãos e os joelhos nas ruas imundas de Paris. Antes de entender a situação, Vicent franziu a testa e puxou rapidamente a guia de Holf para impedir uma briga entre os “cães”. O que estaria acontecendo ali?

Apesar de parecer cena de ficção distópica ou um filme estranho de Almodóvar, atualmente você corre o risco real de deparar-se com pessoas que se identificam com animais passeando pelas ruas. E em breve, não duvide, escandalizar-se com essa insanidade fará de você um criminoso.

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De tempos em tempos, emergem das profundezas do Congresso, ou até mesmo do Supremo, novas leis e determinações para que qualquer resistência à loucura seja enquadrada como discurso de ódio ou preconceito. Dessa forma, em pouco tempo, qualquer mera discordância poderá te levar para a cadeia ou esvaziar seus bolsos em processos perdidos.

Os financiadores desse manicômio não permitirão que você discorde do nosso destino sombrio e enquadrar os sãos como criminosos é a melhor forma de expurgar a resistência às mudanças almejadas por mentes doentias.

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A pergunta que pode lhes deixar no mínimo desconfortáveis quanto a um futuro muito próximo é: quanto falta para que pessoas que se sentem animais comecem a exigir seus “direitos”? Não é preciso ser Nostradamus para prever que quando esses “direitos” forem garantidos pelo Estado, virão também as punições para quem desrespeitá-los. É a criminalização da sanidade.

A ideologia de gênero vem como abre-alas para algo ainda mais chocante: o transumanismo.

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Em artigo publicado no final de abril, o escritor Wesley J. Smith afirma que a primeira onda da ideologia transumanista é a ideologia de gênero — da qual o transgenerismo é apenas uma parte.

“É um sistema de crenças totalmente transumanista que afirma que o sexo de quem nasce é irrelevante para o verdadeiro eu. A percepção subjetiva de “gênero” de uma pessoa — que não é um conceito biológico, mas sociológico — é tudo o que realmente conta”.

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Basicamente, uma pessoa pode ser absolutamente qualquer coisa. Basta sentir.

Vejam o exemplo de “Karen”, um homem francês de 58 anos que, primeiro decidiu que queria transformar-se em mulher e posteriormente passou a se identificar com um… cavalo!

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Cenas do documentário “Horse Being”.

Toda essa loucura é contada no documentário “Horse Being”, do diretor Jérôme Clément-Wilz.

“Eu tenho um cavalo dentro de mim neste momento”, afirma Karen no documentário.

Entre uma cena e outra do homem trotando, o espectador fica na dúvida se deve entregar-se às risadas ou à completa perplexidade.

Não há limites quando adotamos a ideia de que sentir é ser. Até mesmo pessoas saudáveis estão escolhendo se identificar como deficientes. Prepare seu Rivotril!

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Os “deficientes trans” existem e a ideia está ganhando as redes sociais. O termo transableismo é utilizado para referir-se a um transtorno conhecido como “Disforia de Identidade de Integridade Corporal” (BIID, sigla em inglês), no qual uma pessoa se identifica como se fosse deficiente física.”

Ativistas conservadores alertam que o nome do transtorno no BIID foi alterado para se alinhar com a “comunidade trans”.

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Mulher fisicamente saudável afirma se identificar como deficiente.

De acordo com Evolution News and Science Today, o objetivo de mudar a nomenclatura da condição psiquiátrica é “aproveitar o poder cultural da ideologia de gênero” para permitir que os médicos “tratem” pacientes com BIID “amputando membros, cortar medulas espinhais ou destruir a visão”.

Sim, meus amigos, delírio coletivo!

“O ponto-chave é o confronto entre o que um sujeito deseja parecer e o que outro consegue perceber — é a ânsia criminosa de destruir a percepção humana, obrigando cada pessoa a ver não o que ela vê, mas o que outros querem que ela veja”, Olavo de Carvalho.

Proibir que o óbvio seja dito faz parte da desconstrução

O que está sendo chamado de “regulamentação das redes sociais” é um passo importante para consolidar a nova sociedade desconstruída.

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Por esses dias, fui pega de surpresa por uma mensagem intimidadora do META avisando que minha conta perderia alcance e poderia ser definitivamente bloqueada devido a uma publicação na qual afirmei que aborto é assassinato. Só pude ter controle novamente da conta após concordar forçadamente com a decisão da big tech de Zuckerberg. Em seguida, o Instagram simplesmente parou de entregar minhas postagens para os seguidores.

Afinal, a próxima geração saberá que triturar o próprio filho no útero é um crime brutal? Quem ousará dizer ao homem de quatro que ele não é um cão? Quem arriscará ser preso por alertar que o homem de 57 anos que afirma ser uma garotinha de 6, tem algum distúrbio mental ou tendências pedófilas?

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Vicent ficou atônito com a cena do homem-cão e seu dono, mas sequer teve coragem de compartilhar seu espanto com os colegas de trabalho para não soar preconceituoso. É para esse estado de loucura permanente que caminhamos e, entenda, a censura do óbvio é fundamental para subtrair o que nos resta de sanidade.

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