Coronavírus

Santa Catarina adota protocolo para escolher qual paciente com Covid terá prioridade em vaga de UTI

Com a saúde pública em colapso, o estado de Santa Catarina é o primeiro a adotar um protocolo que permite aos profissionais de saúde decidir quais pacientes devem ter prioridade de atendimento em leitos de UTI em caso de esgotamento de recursos e insumos insuficientes para atender todos os doentes com Covid-19. 

O documento já assinado pela Secretaria Estadual de Saúde de Santa Catarina foi redigido e proposto pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), Associação Brasileira de Medicina de Emergência (ABRAMEDE), Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) e Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), com o objetivo de “tornar transparentes e impessoais os critérios de eleição de pacientes para ocupação de leitos”.

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O protocolo baseado em processos desenvolvidos e já testados nos EUA permite que os profissionais de determinada unidade de saúde tenham autonomia para definir a lista de prioridade de atendimentos de forma técnica e objetiva, levando em conta diversos fatores.

Os principais indicadores são a presença ou não de comorbidades no paciente e o estágio da doença. O risco iminente de morte, em certos casos, também é observado. 

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Uma pessoa acamada ou incapaz de promover o autocuidado terá desvantagem na hora da internação ou no acesso aos recursos em relação a uma pessoa considerada saudável. Isto porque a pessoa mais jovem e tecnicamente mais “saudável” tem mais chances de sobreviver caso seja assistida do que uma pessoa que já tem comorbidades e não deve resistir por muito tempo. 

Segundo médica intensivista consultada pela CNN Brasil, Lara Patrícia Kretzer da AMIB, a idade do paciente não é um fator determinante na hora de priorizar o atendimento, mas pode ser levado em conta: “Se tivermos um cenário para escolher em que temos um jovem com câncer em estágio avançado e um idoso em perfeitas condições de saúde que precisem de internação por Covid-19, o idoso poderá levar vantagem e ter prioridade, mas é evidente que normalmente quanto mais idade a pessoa tem, maior probabilidade de ter uma doença avançada e uma saúde mais frágil”.

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No entanto, estes protocolos não devem ser adotados aleatoriamente. De acordo com a AMIB e a ABRAMEDE, há certas condições essenciais para se dar início à aplicação destas medidas como, por exemplo, o reconhecimento do estado de emergência em saúde pública e um esforço razoável para aumentar a disponibilidade dos recursos em esgotamento. 

A UTI do Hospital Universitário em Florianópolis está adotando o protocolo desde que a saúde entrou em colapso na capital catarinense, há quatro semanas. Os hospitais Santa Catarina, Santo Antônio e Santa Isabel, em Blumenau, no Vale do Itajaí, também anunciaram que estão aplicando o protocolo.

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A Secretaria Estadual de Saúde reiterou, em nota, que todo paciente que precisa de atendimento em Santa Catarina recebe assistência e é estabilizado nas emergências hospitalares e serviços pré hospitalares como UPA 24h e Pronto Atendimento Municipais.

Santa Catarina tem mais de 98% de ocupação geral dos leitos de UTI-COVID. Na manhã desta terça, pelo menos 363 pessoas estão aguardando por uma vaga em unidades de terapia intensiva.

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