Coronavírus

Presidente do CFM defende autonomia médica: “O tratamento das doenças está sendo criminalizado no Brasil”

Em entrevista ao Estadão nesta sexta-feira (08), o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Luiz de Britto Ribeiro, disse que estudos científicos internacionais adotados como parâmetro pela OMS não são suficientes para que o conselho condene o uso de hidroxicloroquina e cloroquina no tratamento precoce contra a Covid-19.

Em abril de 2020, um parecer do CFM, do qual Ribeiro foi relator, liberou o uso das substâncias, a critério de cada médico, no combate à pandemia.

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Segundo o presidente do CFM, a “experiência observacional” do médico que atende aos pacientes da pandemia nos hospitais e postos de saúde também deve ser levada em conta na decisão de prescrever a cloroquina ou não.

“É diferente o médico que fica no ar condicionado lendo estudo e que nunca viu um doente na vida”, disse.

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Segundo Ribeiro, de 25% a 30% dos médicos brasileiros são favoráveis ao uso das substâncias. “Não podemos pegar trabalhos científicos e tomar decisões apenas em cima disso. Temos que levar tudo em consideração”.

Por isso, explicou, o CFM preconiza a autonomia médica na decisão do tratamento: “O tratamento das doenças está sendo criminalizado no Brasil. Os jornalistas dão opiniões definitivas, os políticos dão opiniões definitivas. O único que não está sendo ouvido é o médico brasileiro”.

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“Não defendemos o tratamento”, frisou, acrescentando que todas as decisões do conselho são pautadas pela ciência e não pela política.

Ribeiro disse lamentar ter passado à condição de investigado sem nunca ter sido ouvido pela CPI da Covid, embora tenha se oferecido para falar. Ele afirmou ainda que o Brasil vive um momento complicado em função da politização da pandemia.

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“Não podemos questionar nada que somos colocados como negacionistas, como terraplanistas, isso está errado, temos que discutir as coisas”, afirmou Ribeiro. “Estamos diante de uma doença desconhecida, não pode ter assunto proibido”.

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