Beatriz Ferreira, a renomada pugilista brasileira, garantiu a medalha de bronze na categoria até 60 kg dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. No último sábado, Bia enfrentou a irlandesa Kellie Harrington na semifinal, sendo superada em uma decisão dividida dos juízes (4 x 1). Com o resultado, a atleta brasileira conquistou sua segunda medalha olímpica e assegurou o terceiro lugar na competição.
“Foi uma grande luta. Demos um espetáculo. Infelizmente, não foi o resultado que eu queria. Não tem muito tempo para lamentar. Não encerrei no boxe olímpico como queria, que era com chave de ouro, todo mundo sabe disso. Eu vim para cá com um grande objetivo que era estar em mais uma final. Consegui completar um pouco da missão e ter uma outra medalha. Missão metade realizada com sucesso. Eu perdi para a atual campeã olímpica. Não é qualquer pessoa. Sabia que seria um combate difícil. Entreguei o que tinha para entregar. Eu sei que podia fazer muito melhor. Não tem muito o que lamentar. Infelizmente não deu. Desculpa ter decepcionado alguém, mas quem mais queria era eu”, afirmou Beatriz Ferreira.
A luta entre Beatriz e Kellie foi uma reedição da final dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Naquela ocasião, a irlandesa havia vencido a brasileira por decisão unânime dos juízes (5 x 0), concedendo a Bia a medalha de prata. O combate de sábado marcou o primeiro reencontro entre as duas atletas desde aquele evento.
No confronto desta semana, Beatriz tentou assumir o controle desde o início do primeiro round, mas foi surpreendida por uma abordagem agressiva de Kellie, que encurtou a distância e tomou a iniciativa. No segundo round, a brasileira conseguiu dominar mais as ações e atacou com mais eficiência. Contudo, a decisão foi para o último round, onde as duas pugilistas trocaram golpes intensos. Apesar da performance sólida de Bia, Kellie Harrington prevaleceu novamente, garantindo a vitória e avançando para a final, enquanto Bia ficou com o bronze.
“Sentida com isso, mas é bola para frente. Tenho outros objetivos, agora é focar nisso e trazer orgulho para o meu país, para a minha equipe. Quero agradecer a todo mundo que me ajudou a chegar até aqui. Não existe um campeão sozinho. Se eu tenho duas medalhas hoje é porque tenho uma equipe sensacional e eu morro de orgulho deles. Queria presenteá-los, ser campeã olímpica, queria dar essa medalha de ouro porque todos merecem muito e todos treinamos muito para isso. Eles estudaram muito para facilitar o meu treino de hoje, a minha performance, mas não foi o suficiente. Eu quero agradecer demais a todos eles. Não vou falar nomes porque posso esquecer alguns, mas todos eles são sensacionais e muito obrigada. Agora tem uma nova missão e é deixar eles cheios de orgulho no boxe profissional”, completou Beatriz.
Com essa conquista, Beatriz Ferreira reafirma seu status de destaque no boxe mundial, deixando um legado de dedicação e esforço tanto nos Jogos Olímpicos quanto em sua futura carreira profissional.