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Estados Unidos está preparado para “todas as possibilidades” no Oriente Médio, afirmou um alto funcionário americano neste domingo, em meio aos temores de uma possível guerra entre Irã e Israel.
Após o anúncio do Pentágono sobre o aumento da presença militar na região, o assessor adjunto de Segurança Nacional da Casa Branca, Jon Finer, declarou: “Estamos nos preparando para todas as possibilidades”.
“O Pentágono está mobilizando recursos significativos para a região, para se preparar para a eventual necessidade de defender Israel de um ataque, enquanto trabalhamos arduamente na diplomacia para desescalar a situação, pois não acreditamos que uma guerra regional seja do interesse de ninguém neste momento”, acrescentou em entrevista à ABC News.
Os Estados Unidos enviaram mais navios de guerra e aviões de combate para proteger suas tropas e seu aliado Israel contra ameaças iranianas e grupos apoiados por Teerã, como o palestino Hamas e o libanês Hezbollah.
Washington teme uma escalada regional após o assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, poucas horas depois de Israel ter eliminado Fuad Shukr, chefe militar do Hezbollah, em Beirute.
Israel, acusado pelo Hamas e pelo Irã pelo ataque que matou Haniyeh, não comentou diretamente o ocorrido.
Diante da crescente tensão, o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, organizou neste domingo uma reunião com seus homólogos do grupo do G7, do qual a Itália é presidente de turno, para discutir o delicado momento no Oriente Médio e pediram que se evite qualquer gesto que possa contribuir para uma nova escalada.
“Juntamente com nossos parceiros, expressamos grande preocupação com os recentes acontecimentos que ameaçam provocar uma regionalização da crise, começando pelo Líbano”, disse Tajani em uma nota após a reunião.
Além disso, os ministros das Relações Exteriores do G7 – composto por Itália, Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido, Canadá e Japão – convidaram “as partes interessadas a desistir de qualquer iniciativa que possa obstruir o caminho do diálogo e da moderação e favorecer uma nova escalada”.
“Reafirmando nosso apoio ao Plano Biden, reiteramos a importância de uma conclusão favorável das negociações sobre o cessar-fogo em Gaza e sobre a liberação dos reféns, e confirmamos nosso compromisso de intensificar a assistência humanitária às populações da Faixa, também no âmbito de Alimentos para Gaza”, continuou Tajani.
O ministro italiano lembrou aos colegas a importância de respeitar a Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU para a gestão da presença militar nas fronteiras entre Líbano e Israel.
Durante a reunião, também compartilharam informações sobre o Líbano e concordaram com a necessidade de manter um link operacional constante na região, bem como uma coordenação política.