Jogos Olímpicos de Paris

Olimpíadas de Paris 2024: Mais uma boxeadora Garante Medalha no Meio de Polêmica de Gênero

Uma segunda boxeadora no centro de uma controvérsia de gênero nos Jogos Olímpicos está garantido com uma medalha após chegar às semifinais dos pesos-pena em Paris. A taiwanesa Lin Yu-ting venceu Svetlana Staneva, da Bulgária, por decisão unânime em uma luta das quartas de final no domingo.

A inclusão de Lin e da boxeadora argelina Imane Khelif nos Jogos gerou críticas após ambas serem desqualificadas do Campeonato Mundial do ano passado por não atenderem aos critérios de elegibilidade de gênero. A Associação Internacional de Boxe (IBA), que realizou os testes em 2023, foi destituída como entidade global reguladora no ano passado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) devido a questões de governança e finanças, que agora supervisiona o esporte em Paris.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

O Comitê Olímpico Búlgaro afirmou na sexta-feira que expressou suas preocupações sobre a presença das duas boxeadoras no torneio durante uma reunião com a comissão médica e científica do COI em 27 de julho. O treinador de boxe do país, Borislav Georgiev, alegou agora que a polêmica influenciou os juízes a conceder a vitória a Lin. Ele disse: “Estou indignado com o circo que está acontecendo. Decidiram torná-las campeãs e é isso.”

Mas o presidente do COI, Thomas Bach, insistiu que “nunca houve dúvida” de que Lin e Khelif são mulheres com todo o direito de competir nos Jogos Olímpicos de Paris. A organização desconsiderou os testes da IBA do ano passado como ilegítimos e sem credibilidade. O porta-voz do COI, Mark Adams, afirmou: “Todo o processo é falho. Desde a concepção do teste, até como o teste foi compartilhado conosco, até como os testes se tornaram públicos, está tão falho que é impossível se engajar com isso.”

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Após sua vitória nas quartas de final, que garante pelo menos uma medalha de bronze, Lin declarou: “Eu sei que todo o povo de Taiwan está ao meu lado e me apoiando, e eu vou levar essa energia até o final. Mesmo que eu tenha vencido esta luta, isso não significa que posso relaxar, ainda preciso trabalhar duro.” Lin enfrentará a turca Esra Yildiz nas semifinais na quarta-feira.

Khelif também é uma medalhista garantida após vencer sua luta das quartas de final dos meio-médios contra a húngara Luca Anna Hamori por decisão unânime no sábado. A discussão sobre a participação da dupla no torneio surgiu após a argelina vencer sua luta de oitavas de final em 46 segundos na quinta-feira, quando sua oponente italiana Angela Carini desistiu da luta. Carini foi atingida com vários socos nos primeiros 30 segundos, antes de levantar a mão e voltar ao seu canto para se retirar da luta, alegando ter sentido dor intensa e estar preocupada com sua própria segurança. Ela posteriormente pediu desculpas e disse lamentar não ter cumprimentado Khelif após o combate.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

O chefe dos Jogos Olímpicos, Sr. Bach, condenou o “discurso de ódio” que as lutadoras têm recebido nas redes sociais. Ele afirmou: “Vamos ser muito claros, estamos falando de boxe feminino. Temos duas boxeadoras que nasceram mulheres, foram criadas como mulheres, têm passaporte como mulheres e competiram por muitos anos como mulheres. Esta é a definição clara de mulher. Nunca houve dúvida sobre elas serem mulheres.”

A World Athletics tem enfrentado dificuldades sobre como tratar competidores com diferenças no desenvolvimento sexual (DSD), notavelmente a bicampeã olímpica dos 800m, Caster Semenya.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

© 2024 Todos os direitos reservados Gazeta Brasil.

Sair da versão mobile