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Cientistas Revelam que Cães Estão Entrando em uma Nova Etapa Evolutiva; Entenda!

(Pixabay)

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Durante grande parte da história, os cães foram valorizados principalmente pelas tarefas que podiam realizar. Caçavam, protegiam propriedades e ajudavam a pastorear o gado. Esses papéis exigiam um impulso de caça ativo, muita energia e, frequentemente, uma desconfiança em relação a estranhos. Mesmo há algumas décadas, esperava-se que os cães atuassem como guardiões da casa, protegendo tanto as pessoas quanto as propriedades.

No entanto, a urbanização mudou esse cenário. Hoje, em vez de caçar ou proteger, os cães se integraram às famílias, compartilhando espaços fechados e um estilo de vida muito mais sedentário. Os americanos, por exemplo, já não buscam um cão que ladre a cada barulho. Eles preferem um companheiro que possa descansar sob a mesa durante uma jornada de trabalho remoto ou que seja amigável com outros animais no parque. “Os lugares selvagens e abertos onde antes os cães podiam vagar foram drasticamente reduzidos”, comenta Hare em sua pesquisa, destacando como a evolução dos ambientes impactou diretamente o comportamento canino.

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Cães de Serviço: O Futuro da Domesticação

Um dos pontos mais importantes do estudo de Hare e Woods é a comparação entre os cães domésticos e os cães de serviço. Estes últimos, frequentemente treinados para ajudar pessoas com deficiências, não são apenas mais obedientes, mas também parecem ter um nível de cognição social superior. São extremamente amigáveis e, desde filhotes, mostram uma inclinação natural para as interações humanas. Esse traço, que os distingue até mesmo dos cães domésticos mais comuns, pode ser um indício de como a seleção artificial está moldando uma nova geração de cães.

“Esses cães estão excepcionalmente bem adaptados às demandas do século XXI”, afirmam Hare e Woods. Graças ao seu caráter calmo e à sua disposição para interagir com estranhos, os cães de serviço parecem estar na vanguarda do que os especialistas chamam de “terceira onda de domesticação”. Esse processo não é novo: os humanos já moldaram o comportamento dos cães ao longo de milhares de anos, desde os primeiros lobos que começaram a conviver com os humanos até os cães de raça que se popularizaram após a Revolução Industrial.

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Os cães nem sempre foram os companheiros amigáveis que conhecemos hoje. Há entre 40.000 e 14.000 anos, os humanos viviam como caçadores e coletores. Naquela época, lobos selvagens começaram a se aproximar dos assentamentos humanos, atraídos pelos restos de comida. Os lobos menos agressivos, aqueles que não fugiam nem mostravam medo dos humanos, foram os que conseguiram sobreviver e se reproduzir. Esse processo de seleção natural não apenas mudou o comportamento dos lobos, mas também trouxe mudanças físicas, como orelhas caídas ou pelagens manchadas, características comuns em muitas raças de cães atuais.

Durante a Revolução Industrial, houve uma segunda onda de domesticação, onde a ênfase deixou de estar nas habilidades práticas, como caça ou pastoreio, para se concentrar na aparência. Essa tendência se manteve durante décadas, criando as raças que conhecemos hoje. No entanto, segundo o estudo de Hare e Woods, essa fase está chegando ao fim. Os humanos estão começando a valorizar novamente a personalidade dos cães, buscando companheiros que possam se integrar sem problemas à vida urbana.

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Uma Terceira Onda de Domesticação

O estudo levanta a hipótese de que estamos nos primeiros passos de uma terceira fase de domesticação. Essa fase será caracterizada pela criação de cães que não apenas atendam às demandas sociais, mas que também tenham um temperamento amigável e adaptável. Assim como os experimentos realizados na década de 1950 com raposas na Rússia, onde foram selecionados animais pela sua natureza amigável em relação aos humanos, os cães de serviço mostram como a seleção por comportamento pode moldar rapidamente uma espécie.

Embora muitos donos de cães ainda escolham suas mascotes com base na aparência, Hare e Woods argumentam que a verdadeira adaptação para o futuro reside na criação de cães que consigam lidar com o estresse da vida urbana, conviver com outros animais e responder positivamente aos humanos.

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À medida que os cães continuam se adaptando a esse novo mundo, Hare e Woods sugerem que a chave para o sucesso será criar e treinar mais cães como animais de serviço. “O futuro da domesticação canina está em nossos próprios lares”, conclui Woods. A demanda por cães que possam se integrar facilmente à vida urbana humana está crescendo, e isso pode levar a mudanças evolutivas ainda mais rápidas.

Com o tempo, essa nova fase de domesticação pode não apenas mudar a maneira como os cães se comportam, mas também como interagem com os humanos e seu ambiente. Os cães do futuro, mais amigáveis e adaptados à vida em interiores, podem ser muito diferentes dos companheiros que os humanos tiveram há apenas algumas décadas. Brian Hare e Vanessa Woods nos oferecem uma visão fascinante do futuro dos melhores amigos do homem e como a evolução continua moldando esses fiéis companheiros em um mundo em constante mudança.

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