Especiais

Chefe da Lava Jato de SP quis adiar operação contra Serra, afirmam procuradores

Lava Jato de São Paulo

Procuradores da Lava Jato de São Paulo, que pediram demissão coletiva nesta quarta-feira (2), afirmaram em documento teve acesso que a chefe da operação em São Paulo, Viviane Martinez, propôs o adiamento da operação contra o senador tucano José Serra. A informação é da CNN Brasil.

De acordo com eles, ao longo do primeiro semestre de 2020 foram sendo colhidos elementos contra Serra que apontavam a existência de um esquema complexo de lavagem de dinheiro relacionado a supostas irregularidades na construção do Rodoanel. Eles relatam que foram trocando informações sobre as investigações.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

“Nessa esteira, em 11/06/2020, sete peças com pleitos investigatórios foram concluídas, no Sistema Único, para assinatura de todos os integrantes desta Força-Tarefa, e posterior remessa à Justiça Federal, em favor de possível operação que, fartamente embasada em provas, atingia agentes da cúpula do então governo do estado de SP, e apuraria crimes praticados entre 2006 e, ao menos 2014. Surpreendentemente, contudo, apesar de não ter feito qualquer objeção à época das trocas de minutas, a Procuradora Viviane enviou um e-mail, em 12/06/2020, aos demais integrantes da Força-Tarefa, pedindo que as peças fossem recolhidas do Único, e que a operação planejada fosse adiada”, dizem.

Os procuradores afirmam que o motivo alegado foi a intenção do procurador-geral, Augusto Aras, de criar uma unidade centralizadora de investigações, em Brasília.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Ela não apresentou qualquer razão jurídica para fundamentar o que pedia, seja em termos de divergência quanto ao cabimento da investigação, seja em termos de divergência quanto a distribuição do caso. Ao revés, apenas argumentou que seria possível que, em agosto, a chamada Unidade Nacional Anticorrupção – UNAC fosse aprovada por esse Egrégio Conselho Superior do Ministério Público Federal, e que isso, a seu ver, poderia fazer com que o caso fosse retirado de sua responsabilidade. Em outras palavras, a Procuradora Viviane considerou razoável postergar por quase dois meses o protocolo de pedidos investigatórios pertinentes a uma operação de relevo (a maior até então planejada pela Força-Tarefa Lava Jato de São Paulo) , apenas na expectativa (de duvidosa concretude, considerando os próprios termos do Anteprojeto que trata da UNAC) de uma decisão da cúpula da instituição fazer com que este caso deixasse de ser de sua atribuição“.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

© 2024 Todos os direitos reservados Gazeta Brasil.

Sair da versão mobile