A Receita Federal acusa Lula de sonegar impostos, em conluio com empreiteiros, e tentar ocultar rendimentos milionários com o objetivo de fraudar o Fisco. Os detalhes dessa imputação estão transcritos em um processo de execução fiscal que tramita na 2ª Vara da Justiça Federal em São Bernardo do Campo (SP).
Segundo a revista Veja, que acesso ao processo, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional cobra do petista uma dívida de 1,25 milhão de reais referente a impostos que deixaram de ser recolhidos. Segundo a Receita, o líder de esquerda omitiu em suas declarações de renda recursos que recebeu de duas empreiteiras para executar reformas no famoso tríplex do Guarujá e do notório sítio de Atibaia — os dois casos em que o petista foi condenado em Curitiba. A ação foi solicitada em junho passado, cinco dias depois da decisão do Supremo Tribunal Federal que livrou Lula dos processos criminais. Os auditores concluíram que o tríplex pertencia ao ex-presidente — o que petista nega até hoje —, e a reforma fazia parte de um pacote de vantagens financeiras não declaradas sobre as quais incidem tributos.
“CAIXINHA” - Tríplex: ficou demonstrado “de maneira cristalina” que o apartamento pertencia ao ex-presidente e reformas foram pagas por empreiteira – Antonio Milena/.
Portanto, ao contrário do que se difunde pela esquerda, a Justiça não inocentou Lula das acusações de corrupção e lavagem de dinheiro. Na prática, as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) transferiram do Paraná para Brasília a competência para investigar e julgar os dois casos e também tornaram sem efeito as provas adquiridas pelos procuradores da força-tarefa da Lava-Jato de Curitiba.