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Capitalização não passou porque foi mal explicada, diz relator

Na manhã desta terça-feira (18), o deputado federal, Samuel Moreira (PSDB-SP), relator da reforma da Previdência na Comissão Especial da Câmara, comentou as críticas feitas pelo ministro da Economia Paulo Guedes, sobre o relatório apresentado na semana passada.

“Todo mundo tem direito de comentar os relatórios. Ele não tem a pretensão de ser um decreto, é apenas uma contribuição da comissão”, explicou Moreira, acrescentando que, após a discussão sobre seu parecer na comissão, que começa hoje, ainda é possível que os parlamentares façam um voto complementar, “melhorando ainda mais o relatório”, disse.

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De acordo com o parlamentar, a motivação das críticas de Guedes com o parecer teria sido especificamente com relação à capitalização, que foi retirado do texto original. “A nova Previdência é a capitalização, né. Ele queria implantar o sistema, reformar e ao mesmo tempo fazer uma nova Previdência, mas não houve convencimento e entendimento sobre o assunto”, afirmou.

Segundo o relator o maior problema em relação ao regime foi o governo não explicar quais seriam as normas, como salário mínimo e contribuição patronal, assim como os gastos com a implantação. ““Nunca foi explicado, havia muitas divergências, ninguém sabe qual o custo da transição, nada”.

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Apesar da capitalização não estar mais no projeto, Moreira disse que Guedes ainda pode conseguir aprovar o regime. “Se ele se esforçar, se dedicar ainda há tempo para votar o sistema dentro da proposta. Ele precisa conseguir maioria”, explicou, reiterando que, apesar de ser “até simpático”.

Por fim o parlamentar afirmou que a retirada desses pontos mais polêmicos e que causavam divergências entre os colegas e facilitou a aprovação do texto. “Sem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), aposentadoria rural e capitalização, o ambiente está melhor. A retirada desses elementos construiu a possibilidade de até mesmo setores da oposição pensarem em votar a favor da reforma”, disse.

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