Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Com a expectativa de superar limites e trazer medalhas para o Brasil, 232 atletas foram anunciados para participar dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2021. Destes, 222 (95,7%) recebem o Bolsa Atleta, iniciativa do Governo Federal de patrocínio individual a esportistas. A competição começa no dia 24 de agosto e vai até 5 de setembro.
No total, a delegação paralímpica brasileira tem 253 atletas, incluídos atletas sem deficiência como guias, calheiros, goleiros e timoneiro. Com esse número, é a maior já convocada para uma edição fora do Brasil. Na última edição dos Jogos Paralímpicos fora do Brasil, em Londres 2012, o Brasil compareceu com 178 atletas, até então a maior delegação.
“O Bolsa Atleta bateu recorde este ano e muitos dos contemplados são atletas paralímpicos. O Bolsa Atleta tem uma relevância muito grande na preparação desses atletas, principalmente no modelo paralímpico. Os atletas têm uma certa dificuldade de material, de deslocamento, às vezes na compra da uma prótese específica. Isso é muito importante para a preparação deles. Temos uma expectativa muito grande em várias modalidades”, disse o secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Bruno Souza.
A maioria dos esportistas paralímpicos que tem o Bolsa Atleta são da categoria Pódio (127), que é a principal e voltada a atletas com chances de medalhas e de disputar finais em Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Os demais são das categorias: paralímpica (44), internacional (30) e nacional (21). Entre os bolsistas na delegação, 137 são homens (59%) e 95, mulheres (41%).
Jennyfer Parinos vai disputar uma medalha do tênis de mesa nos Jogos Paralímpicos de Tóquio e contou que o ritmo de treinos está acelerado. “Estou com as melhores expectativas para Tóquio. Estamos treinando muito no centro paralímpico. Espero voltar com pelo menos uma medalha, mas vou tentar voltar com duas, no individual e por equipes. E conto com a torcida de todos”, pediu.
Bolsa Atleta por modalidades
Com exceção do rúgbi e basquete em cadeira de rodas, o Brasil vai participar de 20 das 22 modalidades previstas para os Jogos Paralímpicos. Em 15 delas, 100% dos esportistas recebem o Bolsa Atleta. Isso ocorre na bocha, esgrima, futebol de cinco, halterofilismo, hipismo, judô, badminton, canoagem, ciclismo, taekwondo, remo, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, tiro esportivo e tiro com arco.
A modalidade com o maior número de esportistas será o atletismo, com 64 representantes e 18 atletas-guia. Dos 64 atletas, 62 têm o Bolsa Atleta. A natação é a segunda modalidade com o maior número de representantes, com 35 nadadores, dos quais 31 são bolsistas.
Um dos nadadores é Wendell Belarmino, da classe S11, que está com boas expectativas para os Jogos. “Fui campeão mundial em Londres, em 2019, e isso me garantiu a vaga para os Jogos Paralímpicos do Tóquio. Minha expectativa é melhorar minhas marcas e subir ao pódio representando o Brasil”, contou.
Já o atletismo vai contar com a participação de Lorena Spoladore, que é velocista e saltadora: “Muita ansiedade para colocar em prática o que nós treinamos para ir lá buscar a medalha de ouro e defender nossa bandeira do Brasil”.
O investimento direto do Governo Federal nas 20 modalidades em que o país terá representantes em Tóquio superou os R$ 151 milhões no ciclo paralímpico.
Resultados
Nos últimos Jogos Paralímpicos, no Rio de Janeiro, em 2016, 100% das medalhas conquistadas pelos atletas paralímpicos brasileiros vieram com integrantes do Bolsa Atleta. Na edição, o Brasil ficou na oitava posição, com 72 medalhas, sendo 14 de ouro, 29 de prata e 29 de bronze.
No ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, o investimento direto do Governo Federal nos 222 bolsistas qualificados para os Jogos Paralímpicos supera os R$ 74 milhões.