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Após decisão do tribunal do Rio de Janeiro que destituiu o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, FIFA e Conmebol enviaram uma carta à entidade em meio ao novo processo de eleição de autoridades que está previsto para ser realizado para substituir ao agora ex-chefe da CBF.
No documento, a FIFA invocou um artigo de seu Estatuto, salientando a importância da gestão independente das associações membros, sem influência externa. Diante do atual cenário, a participação de seleções e clubes em competições sob a égide dessas entidades globais está ameaçada, caso a posição do tribunal desportivo seja mantida.
A FIFA deixou claro que, se a situação não for respeitada, considerará encaminhar o assunto ao seu órgão de decisão, incluindo a possibilidade de suspensão. Uma eventual suspensão acarretaria na perda imediata dos direitos de filiação da CBF, impedindo suas seleções e clubes de participarem de competições internacionais.
Além disso, a carta conjunta da FIFA e Conmebol questionou a atuação do presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), José Perdiz de Jesus, nas eleições de novas autoridades para a CBF. Os órgãos afirmaram que pretendem examinar a situação pessoalmente no início de 2024 e trabalhar para encontrar uma solução, respeitando o marco regulatório da CBF e sua autonomia.
No dia 7 de dezembro, o Tribunal de Justiça do Rio destituiu Ednaldo Rodrigues e determinou a realização de eleições em 30 dias, elegendo José Perdiz de Jesus como dirigente interino. O conflito tem origem em questionamentos à validade do processo eleitoral de 2018, impulsionado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, relacionado ao mandato de Rogério Caboclo, antecessor de Rodrigues, e envolve discrepâncias com a Lei Pelé.