O arremessador de peso Darlan Romani, que alcançou o quarto lugar nas Olimpíadas de Tóquio, se pronunciou pela primeira vez sobre sua ausência nas Olimpíadas de 2024. O atleta revelou que está enfrentando uma grave hérnia de disco que o impede de caminhar e provoca dores intensas, forçando-o a passar por uma cirurgia.
Em um vídeo emocionante divulgado nas redes sociais, Darlan compartilhou sua batalha contra a condição debilitante. “Infelizmente, num prazo muito curto, acabei descobrindo uma hérnia de disco. A gente tratou, trabalhou, batalhou 24h por dia com medicamentos, fisioterapia, com fortalecimento, com trabalho intenso, mas cheguei num ponto que não consigo caminhar. A dor é muito intensa. São dores muito fortes. Chego até a chorar de dor. É difícil falar. Infelizmente, ela me tirou deste sonho”, disse o atleta visivelmente abalado.
Darlan destacou o impacto da lesão em sua vida e carreira. “A dor é muito intensa. Quando ela pinça, são dores muito fortes, eu chego até a chorar de dor. É difícil falar, né? Infelizmente, ela me tirou deste sonho, dessa Olimpíada de 2024.” Ele também enfatizou a frustração de perder a oportunidade de competir em Paris: “Era o maior sonho que poderia ter e com reais chances de trazer medalhas”.
O brasileiro informou que a cirurgia já está marcada e que seu foco agora será na recuperação total. “É questão de recuperar e voltar aos 300%, conquistando nossos sonhos e objetivos. Obrigado a todos que estão me apoiando. Vida de atleta, temos que superar e seguir em frente”, completou Darlan.
Em junho deste ano, após competir no Troféu Brasil em São Paulo, Darlan participou de um camping de treinamento em León, na Espanha. Durante esse período, ele sofreu uma crise aguda de dores na região lombar e, sem sucesso nas tentativas de tratamento com fisioterapia, retornou ao Brasil. Segundo o médico da delegação brasileira, André Guerreiro, a lesão é uma recidiva de uma hérnia nas vértebras L4 e L5, previamente tratada há três anos e meio, antes dos Jogos de Tóquio.
Darlan Romani é um destaque na modalidade, tendo sido campeão mundial indoor em 2022, quarto colocado nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 e no Mundial de Doha 2019, além de bicampeão panamericano em Lima 2019 e Santiago 2023. Sua ausência nas Olimpíadas de 2024 será sentida, mas o atleta está determinado a se recuperar e voltar ainda mais forte.