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Imane Khelif Desabafa Sobre Medo e Polêmicas Envolvendo Trump e Elon Musk

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A boxeadora argelina Imane Khelif, medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, revelou que sentiu medo após ser questionada sobre seu gênero por figuras públicas como o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e o CEO da X, Elon Musk. O episódio, que ganhou repercussão internacional após a luta de Khelif contra a italiana Angela Carini, durou apenas 46 segundos, mas as consequências emocionais para a atleta foram profundas.

Trump se referiu a Khelif como “ele”, enquanto Musk interagiu com uma publicação que sugeria que a boxeadora fosse um homem. Em uma entrevista, Khelif expressou sua dor e o impacto que esses comentários tiveram em sua vida.

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“Elon Musk, Trump, isso me afetou muito, não vou mentir para você”, disse Khelif. “Eu tive muito medo. Tive medo de que as pessoas dissessem: ‘Por que Imane Khelif insistiu nisso? Por que houve tanto alvoroço de grandes políticos ao redor do mundo?’ Mas, graças a Deus, consegui superar essa fase com a ajuda de especialistas.”

O gênero de Khelif tornou-se um tema de debate internacional durante os Jogos de Paris, especialmente após Carini conceder a vitória em apenas 46 segundos de luta, gerando uma onda de críticas. A controvérsia foi agravada pelo fato de Khelif ter sido desclassificada do Campeonato Mundial de Boxe da IBA em 2023, devido a supostos níveis elevados de testosterona.

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Após a vitória de Khelif sobre a chinesa Yang Liu, que lhe garantiu a medalha de ouro, Trump mencionou repetidamente Khelif como “ele” durante um comício em Montana, questionando a legitimidade de sua participação na categoria feminina. “Eu gostaria de parabenizar a jovem que transicionou de homem para boxeadora”, disse Trump. “Você viu, ele ganhou — ela ganhou — a medalha de ouro. Como é louco? Como é louco?”

Khelif, que não se identifica como transgênero e nasceu mulher, tem enfrentado uma enxurrada de críticas e dúvidas sobre sua identidade de gênero. Musk também participou da controvérsia, apoiando um tweet que sugeria que homens não deveriam competir em esportes femininos.

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Em resposta, Khelif e seu advogado, Nabil Boudi, entraram com uma ação por cyberbullying, nomeando Musk e a autora de “Harry Potter”, J.K. Rowling, entre outros. Boudi afirmou que Trump “inevitavelmente será investigado” pelo Ministério Público de Paris.

“Essas políticas que estão me oprimindo não têm o direito de dizer que sou transgênero”, disse Khelif. “Isso é uma grande vergonha para minha família, para a honra da minha família, para a honra da Argélia, para as mulheres argelinas e especialmente para o mundo árabe. O mundo todo sabe que sou uma menina muçulmana.”

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Khelif concluiu reafirmando sua identidade e lamentando o impacto das críticas sobre sua vida e sua carreira.

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