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Jogos Paralímpicos: Atleta Trans Avança para a Semifinal dos 400m

(Instagram/ Com edição da Gazeta Brasil)

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A atleta italiana Valentina Petrillo, de 51 anos, garantiu uma vaga na semifinal dos 400m femininos dos Jogos Paralímpicos de Paris, após a federação esportiva aceitar sua elegibilidade para competir na categoria feminina. Petrillo, que conquistou 11 títulos nacionais masculinos e ainda competia como homem aos 45 anos, conquistou o segundo lugar em sua bateria e superou uma corredora chinesa 18 anos mais jovem. 

A World Para Athletics (WPA) confirmou que os níveis de testosterona de Petrillo, após sua transição, são compatíveis com as exigências para competir. Enquanto os competidores venezuelano e chinês de sua bateria T12 para atletas com deficiência visual precisaram de guias, Petrillo correu sem assistência.

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Atletas com deficiência visual frequentemente utilizam um guia para navegar pela pista com segurança. A deficiência visual varia de atleta para atleta; alguns usam vendas para garantir a igualdade, enquanto outros, como Petrillo, têm permissão para competir sem guia ou venda.

Algumas atletas femininas expressaram preocupações de que Petrillo, a primeira atleta trans a competir na pista dos Jogos Paralímpicos desde uma atleta holandesa em 2016, possa ter uma vantagem distinta.

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Petrillo se recusou a responder perguntas da mídia após sua bateria, optando por falar apenas com o serviço de informações interno dos Jogos Paralímpicos. Ela afirmou acreditar ser uma inspiração para outros atletas trans, ressaltando que sua participação é histórica e que o dia será sempre lembrado.

“Não quero ouvir falar de discriminação ou preconceito contra pessoas trans. Muitas pessoas morrem por serem trans. As pessoas são mortas, perdem seus empregos, não conseguem praticar esportes. Eu consegui. Se eu consegui, qualquer um pode conseguir. Isso é lindo. É difícil, mas estou aqui por isso. Trabalhei nisso por três anos. Pensei em Paris desde que soube que não iria para os Jogos Paralímpicos de Tóquio. Foi o melhor dia da minha vida. Finalmente estou aqui,” declarou Petrillo ao jornal britânico Daily Mail.

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A participação de Petrillo gerou controvérsias, com uma de suas rivais expressando preocupações de que a atleta italiana pudesse ter uma vantagem física devido ao seu treinamento anterior como homem. A paralímpica alemã Katrin Mueller-Rottgardt afirmou ao Bild: “Todos devem viver do jeito que se sentem confortáveis no dia a dia. Mas acho difícil em esportes competitivos. Ela (Petrillo) viveu e treinou como homem por muito tempo, então há uma possibilidade de que os requisitos físicos sejam diferentes dos de alguém que nasceu mulher. Isso poderia lhe dar uma vantagem.”

A advogada espanhola Irene Aguiar também criticou a participação de Petrillo, alegando que ela ocupou o lugar da atleta espanhola Melani Berges, que não conseguiu se classificar para Paris. Aguiar, especialista em direito esportivo internacional, afirmou: “Nossa atleta espanhola Melani Berges perdeu a chance de se qualificar para os Jogos Paralímpicos devido à participação do homem Fabrizio ‘Valentina’ Petrillo, que chegou à final em vez dela. Isso é injusto.”

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Petrillo defendeu sua participação nos Jogos, dizendo aos repórteres antes de chegar à França: “Honestamente, estou ansiosa para estar em Paris e correr naquela linda pista roxa e diante de toda aquela plateia entusiástica. Acho que haverá muito mais amor por mim do que eu posso imaginar. É justo que cada um de nós possa se expressar no nosso próprio gênero. O esporte deve nos ensinar o valor da inclusão, e isso é fundamental para a felicidade das pessoas.”

Petrillo foi autorizada a correr e apresentou uma boa forma ao avançar para as semifinais. Ela também deve competir nos 200m mais adiante na competição.

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