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“Rebecca Cheptegei, a maratonista ugandesa que participou dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, morreu após sofrer um ataque brutal em sua casa no condado de Trans-Nzoia (oeste do Quênia), cometido por seu ex-companheiro, Dickson Ndiema. Ele a jogou gasolina e ateou fogo. Cinco dias depois, o agressor também faleceu.
Ndiema morreu no Hospital Moi Teaching and Referral em Eldoret, no Quênia, devido às graves queimaduras sofridas durante o ataque. Cheptegei, de 33 anos, estava voltando da igreja com seus dois filhos quando foi atacada. Após uma discussão, seu ex-companheiro a esperou em casa e a incendiou, segundo a polícia.
O acusado morreu de insuficiência respiratória causada por queimaduras severas nas vias aéreas e sepse, informou o jornal africano Nation. Ndiema foi admitido no hospital no dia 2 de setembro e, apesar dos esforços médicos, não resistiu.
Ndiema havia sido acusado de atacar Cheptegei, campeã mundial de corridas de montanha em 2022, por causa de uma disputa por terras. Ele emboscou a maratonista e a incendiou. Cheptegei teve mais de 80% do corpo queimado, enquanto Ndiema teve mais de 40%.
Após a morte da corredora, seu pai criticou as autoridades por não protegerem sua filha. “As autoridades falharam conosco, pois informamos sobre a situação com antecedência, mas eles não agiram. Era evidente que a vida dela estava em perigo”, disse Joseph Cheptegei à imprensa.
Cheptegei, que havia alcançado o 14º lugar na maratona do Campeonato Mundial de Atletismo em Budapeste e o 44º lugar em Paris 2024, será sepultada neste sábado em sua terra natal, em Kapkoros. A tragédia causou grande comoção na comunidade esportiva.
A Federação de Atletismo de Uganda condenou o ato de violência e pediu justiça. ‘Estamos profundamente tristes com o falecimento de nossa atleta Rebecca Cheptegei, vítima trágica de violência doméstica’, disse a UAF em suas redes sociais.”