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Após 15 anos fora da Fórmula 1, a Toyota Gazoo Racing está de volta à categoria em parceria com a equipe Haas. O acordo estabelece que a montadora japonesa se tornará um “sócio técnico oficial” da escuderia americana, compartilhando conhecimentos e recursos. Apesar disso, a Toyota não atuará como patrocinador principal e não substituirá a Ferrari como fornecedora de motores.
A equipe MoneyGram Haas F1 Team está em processo de reestruturação. Após a saída de Guenther Steiner como diretor principal e um desempenho decepcionante na última temporada, onde terminou em último lugar no campeonato de construtores, o novo líder Ayao Komatsu busca melhorar a trajetória da equipe. Até agora, em 2024, a Haas acumulou 31 pontos, com contribuições de Nico Hulkenberg (24), Kevin Magnussen (6) e Oliver Bearman (1), ocupando a sétima posição, logo atrás da Racing Bulls, que tem 34 pontos, e à frente da Williams, com 16.
Com melhorias significativas no desempenho do carro, especialmente na gestão dos pneus, a Haas firmou esta nova parceria para escalar ainda mais no campeonato. O contrato é plurianual e inclui o fornecimento de serviços de design, acesso às instalações da Toyota em Colônia, e a inclusão de técnicos para fortalecer a equipe. Em contrapartida, a Haas compartilhará sua experiência acumulada na Fórmula 1, onde compete desde 2016, além de proporcionar benefícios comerciais e de patrocínio.
O nome da Toyota aparecerá nos carros da Haas a partir do Grande Prêmio dos Estados Unidos, que ocorrerá de 18 a 20 de outubro em Austin, com destaque no aerofólio traseiro do monoposto. As partes envolvidas no acordo confirmaram que a Ferrari, que fornece motores e peças importantes para a Haas, concordou com a nova parceria, mantendo um contrato com a equipe até a temporada de 2026.
“Estou extremamente animado com a parceria técnica entre o MoneyGram Haas F1 Team e a Toyota Gazoo Racing. A capacidade de aproveitar os recursos e o conhecimento da Toyota será fundamental para nosso desenvolvimento e nosso desejo de aumentar ainda mais nossa competitividade na Fórmula 1”, declarou Komatsu. Ele acrescentou: “Em troca, oferecemos uma plataforma para que a Toyota Gazoo Racing utilize ao máximo e, posteriormente, melhore suas capacidades de engenharia interna.”
Tomoya Takahashi, presidente da Toyota Gazoo Racing Company, também comentou sobre o acordo. “Nosso objetivo é formar pilotos, engenheiros e mecânicos enquanto fortalecemos as capacidades do MoneyGram Haas F1 Team e da Toyota Gazoo Racing, contribuindo para os esportes motorizados e a indústria automotiva”, afirmou.
Takahashi destacou que não há planos para a Toyota retornar como uma equipe principal na Fórmula 1, como fez entre 2002 e 2008. No entanto, ele sugeriu que essa parceria com a Haas poderia abrir oportunidades para incluir um piloto do programa de desenvolvimento da Toyota. “Que os títulos de amanhã não digam: ‘Toyota volta à F1’. Seria mais inspirador ver conquistas que incentivem crianças japonesas a sonharem em pilotar os carros mais rápidos do mundo”, concluiu Aikido Toyoda, presidente da Toyota.
A História da Toyota na Fórmula 1
A Toyota retorna à Fórmula 1 como parceira estratégica da Haas, marcando seu nome novamente na categoria após 15 anos. Entre 2002 e 2009, a montadora japonesa competiu ativamente com seus próprios carros e como fornecedora de motores.
Durante esse período, a equipe fabricava suas próprias peças técnicas e unidades de potência, e em 2005, chegou a fornecer motores para outras equipes, como Williams e Jordan. Após um início difícil, a Toyota obteve um desempenho impressionante em 2005, terminando em quarto lugar no campeonato de construtores, subindo ao pódio cinco vezes e conquistando dois segundos lugares com Jarno Trulli.
Apesar das conquistas, a mudança dos motores V10 para V8, problemas de rentabilidade e uma crise global no automobilismo levaram a Toyota a se retirar da Fórmula 1, encerrando sua participação sem vitórias na categoria. Sua última temporada foi em 2008.