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A Embaixada do Brasil em Kiev, capital da Ucrânia, está cadastrando os cidadãos brasileiros que desejam deixar o país, invadido pela Rússia, e já havia recebido ao menos 160 pedidos até esta quinta-feira (24). A informação foi dada pelo Ministério das Relações Exteriores.
Ainda de acordo com o Itamaraty, porém, não há “condições de segurança” nem logísticas para fazer o resgate, pois o espaço aéreo do país está fechado.
“Para os brasileiros que estão na região leste da Ucrânia [territórios de Donetsk e Luhansk], recomendamos que deixem o local e se desloquem para a capital, Kiev. Aos que estão na região da fronteira, orientamos que deixem o país”, disse o embaixador Leonardo Gorgulho, que faz parte do corpo de comunicação do órgão, em conversa com jornalistas, em Brasília, na tarde desta quinta.
“Orientamos que os brasileiros na Ucrânia evitem áreas inseguras, com redes de comunicação e permaneçam em casa. Não estão dadas as condições de segurança para que essas pessoas sejam evacuadas”, completou Gorgulho.
Ele falou ainda sobre a condição dos jogadores de futebol brasileiros moradores do país e seus familiares, que se refugiaram em um hotel de Kiev e estão pedindo socorro pelas redes sociais.
“Vários desses atletas já estão em contato com a embaixada. Jogadores ou não, estamos tentando ajudar, mas esses profissionais de futebol tem seus empregadores com apoio sólido. Os clubes estão tentando providenciando saída deles do país”, explicou o embaixador.
Há cerca de 500 brasileiros vivendo na Ucrânia. Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi às redes dizer que está “totalmente empenhado no esforço de proteger e auxiliar os brasileiros que estão na Ucrânia”.