Governo

Dilma engavetou estudo milionário que previa enchentes no Sul do Brasil

(Canoas, Rio Grande do Sul - Captura de Tela)

Há uma década, um relatório entregue à Presidência da República, comandado por Dilma Rousseff na época, alertou sobre chuvas intensas no Sul do Brasil devido às mudanças climáticas e recomendou medidas a serem adotadas. Entretanto, o estudo foi ignorado devido às suas previsões desfavoráveis.

O documento intitulado “Brasil 2040: cenários e alternativas de adaptação à mudança do clima”, encomendado em 2014 durante o governo de Dilma Rousseff, do PT, previa consequências como elevação do nível do mar, mortes por ondas de calor, colapso de hidrelétricas, escassez de água no Sudeste, agravamento das secas no Nordeste e aumento das chuvas no Sul.

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Embora tenha custado R$ 3,5 milhões na época, o relatório foi arquivado durante o governo Dilma, em vez de ser utilizado para mitigar os impactos adversos das mudanças climáticas.

Elaborado por mais de 30 pesquisadores de diversas universidades brasileiras, com destaque para a Universidade Federal do Ceará (UFC) através da Fundação Cearense de Pesquisa e Cultura, sob a coordenação dos professores Eduardo Sávio Martins e Francisco de Assis de Souza Filho, o estudo ressaltou um aumento nas chuvas no extremo sul do país superior a 15%.

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Entre as recomendações feitas pelos pesquisadores estava a elaboração de planos de contingência específicos para inundações, juntamente com um planejamento de longo prazo e atualizações frequentes, além da implementação de sistemas de alerta e adaptação da drenagem urbana.

No entanto, uma das previsões do estudo trouxe implicações desfavoráveis para o governo: a possibilidade de secas nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte, o que poderia afetar a disponibilidade de água nas bacias hidrográficas e a produção de energia elétrica das hidrelétricas, incluindo a usina de Belo Monte, que poderia ter sua capacidade de produção de energia reduzida em 50%.

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Segundo uma reportagem do site Intercept Brasil, após uma reunião na qual as conclusões do estudo foram apresentadas ao governo, a então presidente Dilma Rousseff promoveu uma reforma ministerial e substituiu a equipe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, incluindo os responsáveis pelo estudo, Sérgio Margulis e Natalie Unterstell, encerrando o projeto “Brasil 2040” e restringindo o acesso às informações.

Em outubro de 2015, um mês antes da Conferência de Paris, o governo decidiu lançar o estudo de forma discreta, porém incompleta. O sumário executivo foi elaborado pela equipe que havia cancelado o programa.

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Na época, a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência considerou o Brasil 2040 como “alarmista”.

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