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Governo investe R$ 9,5 bi em 11 anos contra desastres naturais, mas prejuízos acumulados atingem R$ 639 bi

Imagem: Divulgação FAB

De acordo com o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, os desastres naturais ocorridos no Brasil entre 2013 e 2023 resultaram em prejuízos econômicos estimados em R$ 639,4 bilhões para as cidades do país. Entretanto, dados fornecidos pela CNM em colaboração com a organização não governamental Contas Abertas revelam que, nos últimos 10 anos, o governo federal destinou apenas R$ 9,5 bilhões, equivalentes a 1,49% desse montante, para a prevenção desses eventos.

Ziulkoski enfatizou que cerca de 93,9% dos municípios brasileiros, totalizando 5.233 localidades, foram impactados por desastres relacionados às mudanças climáticas. Ele ressaltou que praticamente todas as regiões do país enfrentaram eventos naturais que causaram transtornos às comunidades, afetando aproximadamente 418 milhões de pessoas e resultando em 2.667 mortes ao longo da última década.

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O governo, por sua vez, emitiu uma nota destacando que iniciativas cruciais para a prevenção de desastres foram interrompidas entre 2019 e 2022, mas que atualmente a prevenção a desastres naturais voltou a ser uma prioridade. Nesse sentido, foi criado o PAC Prevenção a Desastres, com investimentos previstos de R$ 11,7 bilhões.

Dados divulgados indicam que a seca e a estiagem foram responsáveis por R$ 347,4 bilhões dos prejuízos entre 2013 e 2023, representando 76,5% do total. A região Nordeste foi a mais afetada, com 46,2% do prejuízo total, seguida pelo Sul, com 29,8%, e pelo Sudeste, com 17,2%.

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A CNM ressalta a urgência de investimentos em capacitação técnica para a prevenção e resposta a desastres, apesar dos desafios na contabilização dos danos, especialmente no que diz respeito aos desastres climáticos.

Em 2023, o Brasil enfrentou um recorde de desastres naturais, totalizando mais de 1,1 mil ocorrências, incluindo inundações e deslizamentos de terra, atribuídos principalmente às mudanças climáticas e à influência de fenômenos naturais como La Niña e El Niño.

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Entre as cidades mais afetadas em 2023 estão Manaus, São Paulo e Petrópolis, com números significativos de eventos e consequências graves, como mortes, feridos, desabrigados e prejuízos econômicos. O governo destaca medidas tomadas para enfrentar esses desafios, incluindo investimentos em obras de infraestrutura e habitação para as vítimas de desastres naturais.

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