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O Ministério da Saúde promoveu, na última semana de agosto, o Seminário Marco Zero, reunindo pesquisadores selecionados por chamadas públicas sobre Inteligência Artificial e Mudanças Climáticas. No total, 13 projetos foram contemplados, com investimentos superiores a R$ 4,5 milhões.
A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Agnes Soares, destacou a importância do evento para a integração entre academia e gestão pública.
Segundo ela, o seminário garante que as pesquisas estejam alinhadas às demandas do Sistema Único de Saúde (SUS).
Soares ressaltou que a colaboração entre as duas áreas é essencial para encontrar soluções inovadoras que impactem diretamente a saúde da população.
Agnes reforçou o compromisso da SVSA com os temas abordados nas chamadas de 2024 e sublinhou a necessidade de intensificar os esforços para enfrentar os desafios impostos pelos eventos climáticos extremos, que têm agravado problemas de saúde pública. Segundo ela, a meta é garantir um SUS sustentável e resiliente.
As chamadas, desenvolvidas em parceria com a Fundação Bill & Melinda Gates, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), buscam promover o uso equitativo da Inteligência Artificial para aprimorar a saúde global e acelerar inovações que ajudem a mitigar os impactos das mudanças climáticas na saúde, agricultura e questões de gênero.
A chamada “Promovendo o uso equitativo da Inteligência Artificial para melhorar a saúde global” selecionou nove projetos focados em soluções de IA desenvolvidas localmente. Já a chamada “Acelerando inovações para mitigar o impacto das mudanças climáticas na saúde, agricultura e gênero” resultou na escolha de quatro projetos inovadores, com um investimento de R$ 4,5 milhões.
Entre as ações da SVSA para enfrentar os desafios climáticos estão a criação da Coordenação-Geral de Mudanças Climáticas e Equidade em Saúde (CGCLIMA) e a participação na elaboração do Plano Setorial de Adaptação à Mudança do Clima, liderado pelo Ministério do Meio Ambiente. O plano busca definir estratégias de adaptação para o SUS, com foco na equidade.
Em julho, a SVSA também instituiu a Sala de Situação Nacional de Emergências Climáticas em Saúde, com a missão de coordenar a prevenção e resposta a emergências climáticas, como queimadas e inundações, que representam riscos sanitários relevantes.