Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
A Justiça Federal no Rio absolveu três assessores do ex-deputado federal Daniel Silveira por falta de provas. Eles eram acusados de entregar dois celulares a Silveira quando ele esteve preso na Superintendência da Polícia Federal no Rio, em fevereiro de 2021.
As câmeras de segurança da PF registraram a entrega dos aparelhos, que foram encontrados na mala de Silveira durante revista em seu alojamento. No entanto, o juiz federal Marcos Moliari, da 1ª Vara Federal Criminal do Rio, entendeu que as provas não eram suficientes para comprovar que os assessores foram os responsáveis pela entrada dos celulares no estabelecimento prisional.
O juiz criticou as medidas de segurança adotadas pela PF, que não revistaram Silveira ao entrar na delegacia. “Ora, se nem aqueles responsáveis pelas supostas cautelas necessárias são capazes de afirmar se os celulares ingressaram ou não com o ex-Deputado Daniel Silveira, uma vez que sequer o revistaram, há dúvida razoável que milita em favor dos acusados”, escreveu.
“Em que pese reconheça a peculiaridade da prisão do ex-deputado nos moldes em que ocorreu e que esta pode ter sido cercada de algumas incertezas na atuação policial, a meu sentir, no mínimo faltou cuidado nas medidas de fiscalização por parte da Polícia Federal ao conduzir a situação, especialmente ao não proceder às medidas de segurança quando do ingresso do custodiado no estabelecimento prisional adaptado e nas trocas de plantão”, disse.
Silveira, por sua vez, afirmou que já deu entrada na PF carregando seus celulares. Ele disse que levou os aparelhos para articular com os demais deputados federais para revogarem a prisão que tinha sido decretada pelo Supremo Tribunal Federal.